Segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), a produção total de grãos será a menor no Brasil desde 2012. Só a soja, uma das principais culturas do país, deve ter uma safra de 95,4 milhões de toneladas, 1% menos do que na anterior. O número preocupa já que o Brasil é considerado o segundo maior produtor mundial do grão, sendo também o segundo maior exportador, atrás apenas dos Estados Unidos. Além disso, a soja também é responsável por mais de 80% da produção de biodiesel, de acordo com dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Um dos fatores responsáveis por essa queda é o clima. De acordo com Alexandre Nascimento, meteorologista da Climatempo, as condições climáticas podem atrasar o início da semeadura em 2016.
- Embora já tenham sido verificadas algumas pancadas de chuva pelo país, o solo continua muito seco. A chuva vai demorar um pouco para chegar e o plantio pode ser prejudicado no Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais e nas regiões Norte e Nordeste. Já Mato Grosso do Sul, São Paulo e o sul do Brasil continuam sujeitos à chuvas mais regulares – explica.
Na safra 2015/2016, o fenômeno El Niño prejudicou a temporada de plantio. Esse ano, com a proximidade do La Niña, os produtores podem enfrentar novos desafios climáticos.
- Ela pode interferir atrasando a chuva regular no início do plantio e trazendo chuva acima da média em março. Podemos, ainda, ter um prolongamento das precipitações no final do período úmido, o que deve influenciar negativamente a colheita – diz.
Dos três principais estados produtores de soja do Brasil, o Paraná é o único que não será tão afetado.
- A região pode ter clima mais favorável, inclusive em relação à temporada passada, quando teve muita chuva – finaliza.
A Climatempo oferece aos produtores um serviço para se manterem atualizados em relação às condições climáticas. O Agroclima (www.agroclima.com.br) é um canal de consulta meteorológica, com informações para auxiliar diretamente o agricultor na produção das principais culturas do país. O site conta com mapas georreferenciados, recurso que facilita a consulta da informação por município e a identificação de fenômenos que influenciam no plantio, como os próprios El Niño e La Niña, por meio do mapa de TSM (Temperatura da Superfície do Mar).
O portal é totalmente responsivo, podendo ser acessado de qualquer plataforma, incluindo smartphones e tablets. O Agroclima é inteiramente gratuito e tem como objetivo fornecer conteúdo de qualidade e previsões precisas para auxiliar o agricultor em seu planejamento e tomada de decisão. O canal é, há 10 anos, referência na previsão climática voltada para agronegócios no Brasil.
Fonte: Climatempo