Divulgado ontem, o estudo “Projeções do Agronegócio” – elaborado anualmente pela Secretaria de Política Agrícola do MAPA – estima que nestes próximos 10 anos a produção brasileira de carne de frango deve se expandir a uma média de 2,5 % ao ano, índice que – considerada a produção de 13,555 milhões de toneladas prevista para 2019 – significa chegar a 2029 com um volume da ordem de 17,4 milhões de toneladas.
Mas isso – revelam os números da SPA – corresponde apenas a uma projeção rotineira. Porque, considerado um limite superior, daqui a 10 anos o Brasil poderá estar produzindo 20,5 milhões de toneladas de carne de frango, desempenho que implica em um incremento médio pouco superior a 4% ao ano.
Sem levar em conta, aqui, o limite superior projetado para as três carnes, o volume total de carnes previsto para 2029 será 27% superior ao estimado para o corrente exercício, passando de, aproximadamente, 26 milhões de toneladas para pouco mais de 33 milhões de toneladas.
Serão, neste caso, 7 milhões de toneladas adicionais, 55% delas representadas pela carne de frango. Ou seja: o adicional aí previsto, próximo de 3,9 milhões de toneladas ultrapassa os adicionais somados das carnes bovina e suína (cerca de 2,1 milhões/t e 1,1milhão/t, respectivamente).
Mesmo assim, o mix dos três produtos na produção total de carnes não muda muito em relação ao que está sendo estimado para o presente exercício (carne de frango: 52,14%; carne bovina, 32,57%; carne suína, 15,29%). Ou seja: a carne bovina tende a sofrer redução de pouco mais de 2%, ficando abaixo de 32% do total. A participação da carne suína sobe 0,71% e alcança 15,39% do total. E a participação da carne de frango aumenta 1%, subindo para 52,70% da produção total.
Fonte: Avisite