O dólar operava com leves oscilações ante o real no primeiro pregão de 2019, monitorando a trajetória da moeda no mercado internacional após dados mais fracos da China reforçarem os temores de desaceleração global, e de olho no noticiário doméstico após a posse do novo governo.
Às 10:18, o dólar avançava 0,13 por cento, a 3,8800 reais na venda, depois de terminar 2018 em alta de quase 17 por cento, a 3,8757 reais. O dólar futuro recuava cerca de 0,2 por cento.
“O mercado ainda está com pouca liquidez e aguardando as medidas de fato do novo governo para ajustar as contas”, disse o gestor de derivativos de uma corretora local.
Segundo ele, alguns investidores também estão devolvendo posições defensivas montadas em dezembro.
O presidente Jair Bolsonaro tomou posse na véspera e, ao longo desta quarta-feira, haverá a transmissão de cargos para os novos ministros, entre eles Paulo Guedes, novo ministro da Economia.
“A grande expectativa é pelo discurso de Paulo Guedes, que deve falar sobre reforma e prosperidade”, destacou a Critéria Investimentos em relatório. “A nova equipe econômica tem reforçado a interlocutores que não fará a divulgação de qualquer pacote, preferindo adotar um processo contínuo de desregulamentação, simplificação e de redução dos tributos.”
No mercado internacional, o dólar exibia leve alta ante a cesta de moedas e subia ante as divisas de países emergentes, como os pesos mexicano e chileno, em dia de renovadas preocupações com o crescimento global após dados mais fracos sobre a economia chinesa.
A atividade industrial da China contraiu pela primeira vez em 19 meses em dezembro uma vez que as encomendas de exportação e domésticas continuaram a enfraquecer, mostrou a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) do Caixin/Markit.
A leitura acompanha a pesquisa oficial divulgada na segunda-feira que mostrou crescentes apertos no setor industrial da China, importante fonte de empregos, e reforça a visão de que a economia está perdendo mais força.
Também na Europa a indústria expandiu apenas ligeiramente em dezembro, reforçando a percepção de desaceleração econômica global.
O Banco Central realiza nesta sessão leilão de até 13,4 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares para rolagem do vencimento de fevereiro, no total de 13,398 bilhões de dólares.
Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.
Fonte: Reuters