O Brasil mantém um ritmo forte na produção de grãos nos últimos anos. A armazenagem, porém, não tem acompanhado essa evolução.
A supersafra deste ano deixa boa parte dos grãos produzidos sem a possibilidade de armazenagem, o que significa fretes mais caros e preços mais baixos para os produtores.
No final de 1990, o Brasil produzia 75 milhões de toneladas de grãos e tinha capacidade de armazenagem de 83 milhões.
Nesta safra, a 2016/17, o país deverá produzir o recorde de 232 milhões de toneladas de grãos, mas terá capacidade para armazenar apenas 158 milhões.
Ou seja, 74 milhões de toneladas ficarão a céu aberto ou terão de sair direto da roça para os portos.
Esse número de armazenagem é com base em dados oficiais da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento). Pode não incluir toda a capacidade de armazenagem nas fazendas.
Nessas condições adversas de armazenagem, quanto mais distante estiver a produção dos portos, maior será a depreciação dos preços para os produtores.
Fonte: Folha de S.Paulo