Os investidores passaram a apostar que a taxa básica de juros da economia irá cair em ritmo mais lento do que o esperado na semana passada, quando o Banco Central deu a partida em um novo ciclo de redução da taxa Selic.
Divulgada nesta terça (25), a ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) do BC indicou que, na avaliação da instituição, as projeções do mercado são mais otimistas do que o cenário econômico permitiria.
Segundo a ata, existe espaço para “flexibilização gradual e moderada” das taxas de juros, mas as projeções do mercado são incompatíveis com a redução da inflação na velocidade desejada pelo BC, impondo “limites para a magnitude dessa flexibilização”.
O BC vem atrelando a queda Selic à redução da inflação para a meta de 4,5% em 2017 e ao avanço das políticas de ajuste fiscal, como a criação do teto para o crescimento de gastos do governo.
Em ajuste ao comunicado do BC, as taxas de juros futuros voltaram a subir. Os contratos de juros futuros negociados na BM&FBovespa indicam a expectativa do mercado financeiro para a Selic.
Na semana passada, o Copom reduziu a taxa básica de juros da economia de 14,25% para 14%. A primeira redução em quatro anos foi considerada modesta por parte do mercado, que estava dividida entre redução de 0,25 e 0,50 ponto percentual.
Agora o mercado se divide sobre qual será a Selic ao final de 2016, 13,75% ou 13,50%. O Copom fará nova reunião no final de novembro.
O Itaú manteve sua estimativa de queda 0,50 ponto percentual e disse considerar que
- Os dados e as notícias devem evoluir de forma a respaldar o corte – segundo relatório do banco.
Fonte: Folha de S.Paulo