Por Tânia Moreira Alberti| Economista do Departamento Téc. e Econômico – FAEP
Nesta terça-feira (12) o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou seu relatório de oferta e demanda do mês de julho, com estimativas para a safra 2015/16 e para a safra 2016/17 que segue em andamento nos Estados Unidos.
Para a soja, os dados apontados pelo USDA vieram em linha com as expectativas de mercado, revelando corte nos estoques finais americanos e aumento das exportações na temporada 2015/16. A produção brasileira foi reduzida para 96,5 milhões de toneladas, e as exportações também sofreram cortes.
Para a próxima temporada a estimativa da produção americana foi revisada de 103,42 para 105,6 milhões de toneladas, dado que em junho, o USDA elevou a estimativa para área de plantio de soja, com expectativa de que deverá ser a maior área já colhida na série histórica. A estimativa de produção de 105,6 milhões de toneladas se caracteriza como terceira maior produção depois de 2015/16 e 2014/15. A estimativa de produtividade foi mantida em 46,7 bushels por acre.
Os estoques finais americanos cresceram para 7,9 milhões de toneladas na safra 2016/17. Atualmente, 71% das lavouras americanas estão em condições de boas excelentes, percentual que é melhor que na safra passada para o mesmo período.
A demanda mundial, americana e brasileira foram revisadas para cima na safra 2016/17.
O fator para sustentação do preço da oleaginosa continua nas perspectivas climáticas, com a expectativa de clima quente e seco na segunda quinzena deste mês nos Estados Unidos. O sentimento positivo no mercado financeiro, com a expectativa de aumento de liquidez por parte dos bancos centrais dos países desenvolvidos, também se configura como fator positivo para commodities e países emergentes nesta terça-feira. O câmbio marca recuo em R$ 3,26.
Após a divulgação do relatório, mesmo sem grandes novidades em relação ao que já era esperado pelo mercado os futuros da Bolsa de Chicago saltaram mais que 1%, com o bom humor do mercado. O contrato de setembro-2016 foi cotado a US$ 10,80 por bushel.
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Fonte: Sistema FAEP