O presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins, e a embaixadora da Colômbia no país, Patricia Cárdenas, defenderam, nesta terça-feira (27/10), em encontro realizado na sede da entidade, em Brasília, uma agenda conjunta para ampliar a pauta comercial entre os dois países no setor agropecuário, que tem se reduzido nos últimos dois anos. Apesar de ser o país que mais cresce na América do Sul atualmente, o mercado colombiano ocupa apenas a 29ª posição no ranking dos destinos das exportações do agronegócio brasileiro e o Brasil é o 32º maior importador da Colômbia.
Uma das questões levantadas pelo presidente da CNA na reunião foi a entrada da carne brasileira no país vizinho, uma vez que aquele mercado ainda é fechado para as carnes bovina, suína e de frango. Ele destacou que o país precisa ser mais agressivo na conquista de novos mercados e voltou a defender que o Brasil busque mais acordos comerciais sem o Mercosul. Já a embaixadora abordou a necessidade de mais investimentos na agropecuária daquele país, que hoje responde por menos de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) colombiano.
Outro tema tratado no encontro foi a formação profissional. O secretário-executivo do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR), Daniel Carrara, falou sobre o convênio com o Serviço Nacional de Aprendizagem colombiano (SENA), principal entidade de formação técnica e profissional naquele país, que prevê ações de intercâmbio técnico entre os dois países. O SENAR deve participar, no próximo mês, de congresso realizado pela instituição colombiana sobre conhecimento e formação profissional.
A balança comercial entre os dois países gerou, em 2015, superávit de US$ 120,6 milhões favoráveis ao Brasil. Entretanto, os embarques brasileiros para a Colômbia têm reduzido nos últimos dois anos. Os principais produtos da agropecuária brasileira embarcados para a Colômbia são o milho, açúcar, gelatina, farelo de soja, preparação para bebidas e leite modificado. Os colombianos também são os principais concorrentes dos brasileiros na produção e exportação de café arábica.
Fonte: Assessoria de Comunicação CNA