Em nova alta de 10 centavos ocorrida ontem (25), o frango vivo de Minas Gerais foi negociado por R$2,50/kg, valor apenas cinco centavos inferior ao máximo atingido neste ano – R$2,55/kg, cotação registrada por quase três semanas, entre os dias 11 e 29 de abril passado.
Uma vez que no interior paulista o preço referencial do frango vivo permaneceu inalterado em R$3,20/kg, a diferença de preço entre as duas praças (a favor de Minas Gerais) também atinge o maior nível do ano: R$0,30/kg (situação inversa à registrada há pouco mais de dois meses, quando o frango mineiro foi comercializado por R$0,30/kg a menos que o paulista).
Continua surpreendendo a muitos o fato de, em São Paulo, o frango vivo não só continuar alheio ao que ocorre em Minas Gerais e em todo o mercado de carnes, mas também permanecer sem demanda, sujeitando o produtor a descontos que podem chegar e/ou superar 20% do valor de referência – e que, neste caso, representa até R$0,90/kg a menos que o do mercado vizinho.
Esse comportamento, não há dúvida, apenas reflete o que já ocorreu na avicultura de corte dos três estados do Sul do País: a expansão da produção integrada e, com ela, a perda de participação do produtor independente no esquema local de produção de carne de frango.
Sob tal configuração, a cotação da ave viva perde toda a representatividade anterior, pois já não retrata as reais condições do mercado.
Fonte: Avisite
