O agronegócio continua pujante e a capitalização dos agricultores de forma geral é muito boa, afirma Pedro Estevão Bastos, presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas (CSMIA), da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), sobre a perspectiva do aumento de 10% nas vendas no segmento em 2019.
No entanto, Bastos alerta que variáveis como câmbio, disponibilidade de crédito, produtividade das lavouras e as consequências da guerra comercial entre China e Estados Unidos, que influenciam nos preços da soja, pode interferir nos resultados do setor agrícola neste ano.
“Precisamos saber também como ficarão as políticas agrícolas do novo governo para termos o prognóstico melhor do mercado.”
Para o presidente da CSMIA, é importante o governo buscar alternativas a fim de aumentar a disponibilidade de crédito para investimento. Os recursos do Moderfrota devem durar até março, sendo necessário a suplementação de R$ 3 bilhões para chegar ao fim do ciclo agrícola 2018/19, em 30 de junho.
Já o Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA) necessita aporte de R$ 700 milhões. A linha Inovagro também precisa de incremento de R$ 400 milhões. Esta situação influencia diretamente na movimentação dos negócios no segmento agroindustrial.
Em 2018, as vendas de máquinas e implementos agrícolas foram 12% maior quando comparado a 2017. “Tivemos uma excelente rentabilidade dos agricultores, principalmente na soja e algodão, bem como maior disponibilidade regular de recursos para investimento durante todo o período, além do câmbio favorável”, assinala o dirigente.
Fonte: DATAGRO