O mercado brasileiro de milho deve registrar um quadro de firmeza nos preços. A alta recorde do dólar frente ao real deve manter os agentes distantes dos negócios, especialmente os produtores, que tendem a manter o quadro de retenção de oferta. No cenário internacional a Bolsa de Chicago opera com forte queda, seguindo o cenário preocupante da economia global.
CHICAGO
* Os contratos com entrega em maio/20 operam com baixa de 8,00 centavos em relação ao fechamento anterior, ou 2,32%, cotada a US$ 3,36 por bushel.
* O mercado é impactado fortemente pelas preocupações em torno do coronavírus, que afetam a economia global e ajudam a derrubar os preços do petróleo e afetam as bolsas acionárias e de commodities.
* Ontem (17), os contratos de milho com entrega em maio fecharam a US$ 3,44, com perda de 10,75 centavos, ou 3,03%, em relação ao fechamento anterior.
CÂMBIO
* O dólar comercial opera em forte alta desde a abertura dos negócios e se aproxima do patamar de R$ 5,20, exibindo a forte aversão ao risco que volta a prevalecer nos ativos globais. Começou há pouco mais um leilão de linha do Banco Central (BC) de até US$ 2,0 bilhões.
* Às 9h32 (de Brasília), a moeda norte-americana avançava 3,47% no mercado à vista, cotada a R$ 5,1750 para venda, pouco abaixo da máxima histórica intraday de R$ 5,1870 (+3,70%). O contrato futuro para abril, que entrou em leilão na abertura da sessão, subia 3,06%, a R$ 5,1650. Lá fora, o Dollar Index tinha alta de 0,42%, aos 99,995 pontos.
INDICADORES FINANCEIROS
* As principais bolsas da Ásia fecharam em queda. Xangai, -1,83%, e Tóquio, -1,68%.
* As principais bolsas na Europa operam com perdas. Paris, -5,37%; Frankfurt, -5,32% e Londres, -5,01%.
* O petróleo opera em baixa. Abril do WTI em NY: US$ 24,58 o barril (-8,79%).
* O Dollar Index registra alta de 0,49%, a 100,06 pontos.
MERCADO
* O mercado brasileiro de milho teve mais um dia de preços firmes, de estáveis a mais altos. As cotações seguem avançando com a oferta limitada, como destaca o analista de SAFRAS & Mercado, Paulo Molinari. As atenções seguem voltadas para o clima para a safrinha, diante da falta de chuvas para a safrinha em regiões do Paraná e Mato Grosso do Sul, especialmente.
* No Porto de Santos, o preço ficou entre R$ 47,00 e R$ 54,00 a saca. No Porto de Paranaguá (PR), preço entre R$ 44,00 e R$ 53,00 a saca.
* No Paraná, a cotação ficou em R$ 50,00/51,00 a saca em Cascavel. Em São Paulo, preço de R$ 57,00/58,00 na Mogiana. Em Campinas CIF, preço de R$ 59,50/61,00 a saca.
* No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 51,50/52,50 a saca em Erechim. Em Minas Gerais, preço em R$ 53,00/54,00 a saca em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve em R$ 49,00 – R$ 50,00 a saca em Rio Verde – CIF. No Mato Grosso, preço ficou a R$ 45,00/46,00 a saca em Rondonópolis.
Fonte: Safras e Mercados