Indústria de Alimentos

ALIMENTOS INDUSTRIALIZADOS QUER MUDAR IMAGEM

O consumidor carece de informações sobre alimentos industrializados. O diagnóstico foi apresentado por especialistas do segmento no Congresso Wellfood Ingredients – Feira Internacional de Ingredientes Funcionais, Nutracêuticos e Naturais –, que se encerra nesta quinta-feira (04), na capital paulista.

De acordo com os especialistas, entre os quais Luis Madi, diretor de Assuntos Institucionais e Internacionais da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo (ITAL/SAA), as agências regulatórias têm papel fundamental neste contexto, limitando a divulgação de certos assuntos relacionados, principalmente, a parte científica desse tipo de produto.

Segundo ele, essa falta de comunicação é vista como um problema, que pode comprometer a liberdade de escolha e até mesmo a segurança do consumidor. Madi disse que a indústria aposta fortemente na segurança dos alimentos, porém, o consumidor não tem acesso a esse tipo de informação.

“Não chega até a população a evolução da ciência no setor. A desinformação acaba se tornando a maior vilã da indústria”, afirmou.

Durante as palestras e debate, os interlocutores foram unânimes ao concordar que os regulatórios têm restringido o direito à liberdade de escolha do consumidor, que acaba ficando à mercê de um mercado paralelo, que trabalha em cima da refutação do estilo de vida contemporâneo, mas ainda com pouco embasamento científico. Diante desse aspecto, o consumidor ficaria vulnerável a informações marcadas pelo modismo e por ideologias.

Alexandre Jobim, presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e de Bebidas não Alcoólicas (Abir), foi categórico em sua fala ao dizer que a indústria tem total interesse em informar seus consumidores sobre seus produtos, mas que, porém, só pode falar sobre aquilo que é autorizada pelas agências regulatórias.

“Todos nós queremos uma vida mais saudável. Mas é importante que o consumidor tenha o direito de escolher. Se esses alimentos fossem nocivos, eles seriam proibidos. O consumo excessivo é outro assunto”, assinalou.

Fonte: DATAGRO



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