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Aliança Láctea vai solicitar a compra de 50 mil toneladas de leite em pó

Representantes do setor lácteo da região Sul do país vão encaminhar ao Ministério da Agricultura (Mapa) um pedido de compras governamentais urgente de leite em pó ou leite UHT. A definição ocorreu na manhã desta quarta-feira (30/8), em reunião da Aliança Láctea Sul Brasileira realizada na Expointer. Durante o encontro, os secretários de Agricultura do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul discutiram os problemas do setor e as providências necessárias para superar as dificuldades, entre elas o preço do leite tanto para os produtores quanto para a indústria.

O pedido do Sindicato das Indústrias do Rio Grande do Sul (Sindilat) é que o governo federal faça a aquisição de 50 mil toneladas de leite em pó ao preço mínimo de R$ 14,30 o quilo ou 425 milhões de litros de leite UHT ao preço mínimo de R$ 2,20 o litro. O volume representa um montante de R$ 730 milhões em recursos federais. Segundo Ronei Volpi, assessor da Federação da Agricultura do Paraná (Faep), que assumiu a coordenação da Aliança Láctea no lugar do presidente da Comissão do Leite da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Jorge Rodrigues, o pleito será encaminhado ao ministro da Agricultura, Blairo Maggi.

“O problema não é só do Rio Grande do Sul, é nacional. Por isso, as ações precisam ser nacionais. Se continuar como está, não são só os produtores que vão quebrar, mas também as indústrias”, salientou o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra. Na avaliação da entidade, a pauta precisa ser unificada para que a reivindicação ganhe força.

Fórum da Fetag também debateu gargalos

Em debate da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do RS (Fetag), também realizado na manhã desta quarta-feira, durante a Expointer, produtores e entidades ligadas ao setor concordaram que a solução precisa vir do governo federal. Entre os problemas abordados no encontro, que ocorreu na arena do Canal Rural no parque Assis Brasil, está o aumento de importação de leite do Uruguai e o baixo valor de compra do leite.

Estas questões têm preocupado a indústria e os produtores do Estado, que alegaram, durante o Fórum de Discussão da Fetag, urgência na avaliação das pautas que dependem da ação do Ministério da Agricultura (Mapa). Na ocasião, o secretário executivo do Sindilat, Darlan Palharini, reforçou a necessidade de compra governamental do leite. “Nós precisamos subir outros degraus, não há outra solução para agora que não seja esta”, ressalta Palharini.

O presidente da Fetag, Carlos Joel da Silva, ainda ressaltou que a redução do valor do leite tem prejudicado toda a cadeia. “Temos um consumidor que esta pagando um preço baixo, mas o produtor que está sendo prejudicado”.


Presidente Alexandre Guerra esteve presente na reunião da Aliança Láctea Sul Brasileira realizada na Expointer.Foto: Bruna Karpinski

Fonte: SindiLat



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