A presença de soja voluntária em áreas próximas de lavouras levou a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) a reforçar o alerta de risco de propagação da ferrugem asiática na safra 2015/2016. A situação foi identificada especialmente nas regiões Norte e Oeste, depois de rodada técnica realizada na última semana em municípios como Sinop, Vera, Cláudia e Campo Novo do Parecis.
- O período chuvoso foi suficiente para que essa soja germinasse. Encontramos algumas ao longo da BR-163 recém germinadas e plantas em pleno enchimento de grãos (R3 a R6) na região Oeste. O que não deveria estar acontecendo nesta época – diz Eduardo Vaz, em nota divulgada pela entidade. Vaz foi um dos integrantes da equipe que realizou a expedição.
Também participante das visita técnicas, o doutor em fitopatologia José Tadashi lembra que esporos da ferrugem são levados pelo vento e podem atingir as lavouras de Mato Grosso a partir da Bolívia e também do Paraguai.
- Na Bolívia, eles começam a plantar nos meses de julho e agosto. Ou seja, a ferrugem chega lá antes, o que faz com que ela também tenha a tendência de chegar aqui bem antes. Aliado aos ventos da Região Sul do Brasil, isso pode comprometer o produtor mato-grossense. O recado é que todos tenham atenção redobrada neste início de plantio – explica, ainda de acordo com a nota da Aprosoja-MT.
O vazio sanitário para a soja em Mato Grosso termina nesta terça-feira (15/9). A partir da data, os produtores estão liberados para semear a nova safra. A expectativa do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) é de um plantio de 9,203 milhões de hectares no estado, com produção potencial de 29,06 milhões de toneladas.
Fonte: Globo Rural
