A ministra da Agricultura, Kátia Abreu defendeu nesta quarta-feira (04/11) o uso de agroquímicos nas lavouras e disse que o Brasil tem uma das leis mais rigorosas do mundo para o registro desses defensivos.
- Temos uma lei que proíbe o registro de qualquer produto com características carcinogênicas – afirmou durante evento de apresentação de novos laboratórios da Bayer CropScience, em Paulínia (SP).
A ministra avaliou que há uma “campanha muito organizada contra a utilização de agroquímicos no país” e convocou os representantes do setor a trabalharem estrategicamente para combater o preconceito, juntamente com a ciência.
- Só venceremos preconceito contra agroquímicos se nos unirmos à ciência – afirmou a ministra, antes de citar uma série de dados para justificar o uso dos agroquímicos e rebater as críticas de que os produtos aplicados nas lavouras fazem mal à saúde. – Somos grandes exportadores de alimentos e não aplicando agroquímicos de forma incorreta, com dolo à saúde – reforçou ela.
- Somos grandes porque temos produtos confiáveis e o mundo sabe o que estamos fazendo – disse. Usamos agroquímicos não porque gostamos de gastar um pouco mais produzindo alimentos; usamos como os humanos usam medicamentos: para combater pragas e doenças nos alimentos – completou.
Campanha
A ministra informou ainda que o governo lançará, no próximo dia 25, uma campanha para desburocratizar o Registro Experimental Temporário (RET) de agroquímicos utilizados nas lavouras e reduzir o tempo do registro final dos defensivos. Ela adiantou que os produtos importados para o estudo de moléculas e desenvolvimento de novos produtos serão tratados como químicos convencionais, o que facilitará as pesquisas.
Kátia Abreu afirmou também que o Ministério da Agricultura duplicará o número de agrônomos para agilizar análise de produtos antes da liberação comercial.
- Cada técnico analisa 40 processos por ano e duplicaremos o número de agrônomos para que tenham número maior de produtos analisados – explicou a ministra. Temos não mais de que 100 técnicos operando agroquímicos no País e vamos ainda formar pessoas no Brasil todo para multiplicar esses operadores – completou.
Fonte: Revista Época