O agronegócio, que praticamente carregou o Produto Interno Bruto (PIB) nos últimos dois anos, com taxas robustas de expansão, está sob risco de perdas diante da escassez de crédito, juros mais altos e da disparada do dólar ante o real. Diante da dificuldade de acesso a novos financiamentos, produtores rurais já atrasam a compra de insumos para a próxima safra. A queda de contratações para custeio no primeiro quadrimestre do ano foi de 18,86% em comparação a igual período de 2014.
O desempenho do crédito foi influenciado, entre outros fatores, pela menor captação da poupança rural e por uma retração dos depósitos à vista – principais fontes para o financiamento do agronegócio. De janeiro a abril do ano passado,o sistema financeiro havia feito R$ 19,921 bilhões em contratos de crédito rural para o custeio. Este ano, em etapa equivalente, a cifra ficou em R$ 16,164 bilhões.
André Nassar, secretário de Política Agrícola do Ministério do Agricultura, afirma que a maior dificuldade do setor gira em torno dos recursos para o fim da safra, dinheiro classificado como pré-custeio, usado pelos agricultores para comprar insumos.
Fonte: Jornal do Comércio