O setor agropecuário brasileiro apresentou uma ligeira queda nas emissões de gases do efeito estufa em 2018, em relação ao ano anterior. Foram emitidas 492,2 milhões de toneladas de CO2e no ano passado, uma queda de 0,7% quando comparadas às 495,9 milhões de toneladas em 2017. O número reforça a tendência de queda registrada desde 2016, mas ainda é insuficiente para reverter o crescimento na última década, de 8,3% (454,3 milhões de toneladas de CO2e em 2008, contra as 492,2 milhões de toneladas de CO2e emitidas em 2018).
O peso do setor agropecuário no total de emissões do país em 2018 foi de 25,4% (pouco abaixo da participação em 2017, de 25,7%). Os dados, produzidos pelo Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora), são parte do relatório do SEEG (Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa), divulgado nesta última terça-feira (05) pelo Observatório do Clima.
Parceiro do estudo, o Imaflora realiza os cálculos e analisa os resultados das emissões do setor agropecuário anualmente. Desde 2016, a agropecuária vem apresentando tendência de queda nas emissões de gases de efeito estufa. Esta redução, de cerca de 1% ao ano em média, é puxada pela queda no rebanho bovino, por conta de recordes de abates para exportação. A pecuária lidera as emissões do setor, com 77%. O gado de corte contribui com 69% dos gases de efeito estufa lançados na atmosfera, e o gado leiteiro com 8%. Na sequência vem o uso de fertilizantes sintéticos, com 6%, a plantação de arroz, com 2,7%, o gado suíno, com 2,5%.
Fonte: DATAGRO