“É uma forma lúdica de unir a teoria que aprendemos nos cursos técnicos à prática já existente no campo e conseguirmos enxergar os benefícios das tecnologias”.
Dessa forma, o estudante Pedro Henrique Ferreira Santos, do Campus Almenara do Instituto Federal do Norte de Minas Gerais, define as novas tecnologias em prol da agricultura, como o uso de aplicativos, realidade aumentada e realidade virtual, tema do seminário realizado na última quarta-feira, 22, durante a 12ª Semana de Integração Tecnológica na Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas, MG).
O evento reuniu experiências da Embrapa no universo da Agricultura 4.0 e de diversas instituições públicas, como a Emater-MG, e privadas, como Sebrae Minas, Strider e Bayer.
“Hoje, os smartphones são um verdadeiro laboratório que temos nas mãos. O que precisamos é termos diálogo com a extensão, com outras empresas, para fazermos com que o conhecimento chegue ao setor produtivo. Essas novas mídias são uma forma de democratizar ainda mais a informação”, disse o coordenador do seminário, o analista José Heitor Vasconcellos, que apresentou a palestra “De Rogers a Jobs, mas sem esquecer de Paulo Freire”.
José Heitor mostrou a experiência implantada no projeto ILPF (Integração Lavoura-Pecuária-Floresta), em que ferramentas de realidade virtual e aumentada aperfeiçoam a visualização dos benefícios da tecnologia. Na SIT, foi montado um túnel de realidade virtual onde os participantes enxergam as vantagens do sistema de plantio direto e da integração, vendo, por meio de aplicativos e óculos 3D, o papel das árvores no sequestro de carbono, por exemplo, e a neutralização do metano emitido pelos bovinos no sistema.
“Se fôssemos fazer trincheiras no campo, mostrando esses benefícios, seria muito mais oneroso, além das dificuldades de logística”, reforçou José Heitor.
Carlos Alberto Alves Meira, chefe-adjunto de Transferência de Tecnologia da Embrapa Informática Agropecuária (Campinas-SP), trouxe, para o seminário, as soluções da Embrapa em agricultura digital, como a recém-lançada plataforma AgroApi, que contempla desde informações sobre cultivares e produtividade até zoneamentos agrícolas, úteis em soluções para o planejamento e monitoramento da produção e a gestão do risco agrícola. O programa de aceleração de startups com foco em soluções digitais para o agronegócio, chamado de TechStart, que será lançado pela Embrapa e a Venture Hub no próximo dia 17 de junho, também foi apresentado.
A analista Natalia Fois apresentou o aplicativo Doutor Milho, desenvolvido pela Embrapa Milho e Sorgo, e que se encontra em sua segunda versão no módulo “Cultivares”, trazendo os materiais de milho disponíveis no mercado para a safra 2018/2019. A última atualização do app disponibilizará em breve podcasts sobre a cadeia produtiva do milho, sendo que o piloto foi apresentado aos participantes. Por fim, a pesquisadora Ana Karina Dias Salman, da Embrapa Rondônia (Porto Velho-RO), mostrou as vantagens do Arbopasto, que permite a escolha da árvore certa para a pastagem.
Fonte: Embrapa