No acumulado de dois terços de junho o preço médio da saca de soja registrou um aumento de 2,24% em Mato Grosso do Sul. No dia 3 – primeiro dia útil do mês, a cotação média da oleaginosa em oito praças de comercialização no estado era de R$ 69,56 e no dia 19 atingiu os R$ 71,12, segundo dados da Granos Corretora, tabulados pelo G1.
Em comparação com o mês de junho de 2018, quando a média de comercialização no estado foi de R$ 70,82 a saca, a cotação de junho deste ano, ainda que parcial, aponta um discreto aumento de 0,42%.
Segundo análise do mais recente Boletim Casa Rural do Sistema Famasul, o preço médio da soja no mercado interno tem refletido as altas registradas nas cotações do mercado externo.
Por sua vez, o mercado internacional, de acordo com acompanhamento do Agrinvestor/Sojanews, segue sustentado pelo clima adverso no meio-oeste dos Estados Unidos, com previsão de continuidade das chuvas que estão atrasando a finalização do plantio da nova safra. Já se cogita a possibilidade de os produtores não conseguirem encerrar os trabalhos de semeadura, além de sofrerem prejuízos na produtividade das lavouras.
Em relatório divulgado no começo da semana, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), apontou que apenas 77% das lavouras norte-americanas de soja haviam sido semeadas até aquele momento, um patamar bem abaixo da média histórica, que é de 93% para este período.
As cotações da soja no mercado futuro da Bolsa de Chicago – principal termômetro do mercado mundial, fecharam a sessão desta segunda-feira (17) com alta expressiva, de até 16 pontos sobre o dia anterior, para os contratos com vencimento em julho, agosto e setembro.
Os valores para a soja em portos de referência do Brasil atingiram os R$ 80,50 em Santos (SP) e R$ 80 em Paranaguá (PR).
Segundo levantamento da Granos Corretora, também até está segunda (17), os produtores do estado já haviam comercializado 71,28% da safra 2018/2019, dois pontos percentuais a mais em relação a safra 2017/2018, que foi de 69,17%.
Mato Grosso do Sul produziu no ciclo 2018/2019, 8,800 milhões de toneladas de soja. Com essa quantidade, se fosse um país, o estado seria, com base nos últimos dados divulgados pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), que são de 2017, o sétimo maior produtor mundial, sendo superado apenas pelos Estados Unidos, Brasil, Argentina, China, Índia e Paraguai.
Fonte: G1