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ADUBAÇÃO BIOLÓGICA

A agricultura brasileira tem obtido ganhos de produtividade nos últimos 10 anos e, como resultado, o país vai produzir mais de 200 milhões de toneladas de grãos na safra 2014/15, conforme projeções da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Só que estamos chegando numa crise produtiva importante e preocupante, com elevados custos de produção. A adubação biológica é a solução. A técnica vem crescendo e hoje está presente em 2,4 milhões de hectares na América Latina.

Produtores de Brasil, Uruguai, Paraguai e Bolívia já utilizam a adubação biológica pra melhoria contínua da reestruturação no solo com alguns benefícios como maior enraizamento, menos aplicação de agroquímicos, mais economia, menor custo de aplicação, aumento da microbiologia do solo e maior produtividade.

- É uma evolução verde. Hoje, há necessidade de reestruturação do solo em geral. Com uma adubação biológica podemos reestabelecer ganhos para aagricultura brasileira em geral, seja orgânica ou convencional – afirma Leandro Suppia, diretor comercial da Microbiol, empresa pioneira no sistema de produção com uso de adubação biológica.

Reflexos

O solo compactado ao longo dos anos faz com que as plantas tenham dificuldade para obter melhor enraizamento, impedindo que nutrientes cheguem às folhas e a toda planta. Como resultado, em várias regiões do país o produtor tem visto menor eficiência produtiva das culturas anuais e perenes. Não só isso, o equilíbrio da biodiversidade observado no solo nativo está se desfazendo de ano para ano, sendo este um dos principais fatores do solo estruturado.

Os solos estão cada vez mais sofrendo com os sintomas da compactação – as erosões e baixa resposta de fertilizantes químicos são os que mais afetam o bolso dos produtores.

- Segundo trabalho realizado pela Embrapa Cerrados e Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), em 2012 e 2013, a monocultura favorece a redução da variabilidade microbiana, alterando a estrutura física do solo e gerando a compactação, até mesmo em culturas de plantio direto. Para se ter ideia do impacto, a cada cinco anos, no sistema convencional de plantio direto, revolução agrícola dos anos 1980, se perde 70% da biodiversidade microbiana do solo. Isso precisa ser renovado com a adubação biológica. É um alerta que fazemos aos agricultores – enfoca Suppia.

Fonte: Campo e Negócios



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