Os preços do açúcar fecharam em alta de 22 pontos no vencimento maio/16 da bolsa de Nova York no comparativo entre as semanas terminadas em 15 e 22 de abril. Na sessão de sexta-feira (22), no entanto, os preços se desvalorizaram 32 pontos, com negócios firmados em 15,26 centavos de dólar por libra-peso. Nas demais telas da Ice Future, os preços derreteram entre 25 e 32 pontos, na última sessão.
Londres seguiu a mesma tendência baixista nas cotações da última sexta-feira, fechando, na tela de maio/16, com negócios firmados em US$ 453,30 a tonelada, baixa de 4,90 dólares no comparativo com a véspera. Comparando as duas semanas a commodity se valorizou US$ 13,30, passando de US$ 440,00 a tonelada no dia 15, para US$ 453,30 a tonelada na última sexta-feira (22).
Segundo o diretor da Archer Consulting, Arnaldo Luiz Corrêa, "acredita-se que os fundos de uma maneira geral estão retomando seu apetite para as commodities. O petróleo tem se recuperado alcançando os níveis de preço próximos aos 45 dólares por barril vistos no início de dezembro de 2015. Farelo de soja, soja e açúcar, juntamente com o petróleo, lideram as commodities com variação positiva no acumulado do ano. Café, suco de laranja e cacau estão no negativo, mas recuperam-se também. Portanto, ainda existe espaço para que os fundos adicionem mais compras à posição atual".
Na análise de Corrêa para o porquê da alta do açúcar na última semana estão: "a safra indiana cuja produção foi novamente revisada para baixo; depois, a Tailândia que atingida por uma seca deve produzir menos açúcar afetando o prêmio de branco no mercado internacional; e a China que -segundo alguns traders – está bastante confortável com o mercado a 15 centavos de dólar por libra-peso, ou seja, num nível atrativo para os chineses e, último mas não menos importante, o petróleo acima de 40 dólares por barril melhora a arbitragem do etanol com o açúcar".
Analistas ouvidos pelo jornal Valor Econômico creditaram a baixa da última sexta-feira ao bom andamento da atual temporada, que começou oficialmente no dia 1º de abril. Segundo o jornal, o mercado está esperando números altos para a produção de açúcar na primeira quinzena de abril, algo em torno de 1,2 a 1,3 milhão de toneladas, acima da mesma quinzena do ano passado.
Mercado doméstico
O açúcar fechou em alta na última sexta-feira (22) no mercado doméstico, segundo apurou o Cepea/Esalq, da USP, com negócios fechados em R$ 75,85 a saca de 50 quilos do tipo cristal, alta de 0,32% no comparativo com a véspera.
Fonte: Agência UDOP de Notícias
Fonte: Canal do Produtor