Os valores, segundo apurou o Valor Econômico, foram os maiores desde o dia 8 de outubro de 2014. "A alta refletiu a compra por parte de fundos, estimulados pelo cenário de primeiro déficit de oferta global em 2015/16, após cinco anos de superávit", destacou matéria assinada pelo jornalista Cleyton Vilarino, do Valor.
Na tela julho/16, ocorreu a maior alta, de 75 pontos, com negócios firmados na Ice Future, em Nova York, em 16,77 centavos de dólar por libra-peso. Nos vencimentos de outubro/16, março e maio/17, os preços fecharam em 17,08 cents/lb, 17,53 cents/lb e 17,17 cents/lb, altas de 69, 62 e 57 pontos, respectivamente.
Ainda pesaram a favor da valorização, o recuo do dólar perante o real e o andamento do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Em Londres os preços do açúcar também fecharam com forte alta. Na tela de agosto/16, a commodity foi negociada em US$ 479,80 a tonelada, alta de 14,60 dólares no comparativo com a véspera. Os demais vencimentos se valorizaram entre 10,90 e 14,30 dólares.
Para a consultoria H.Commcor, "a euforia (do aumento de preços) ocorre sob a expectativa de um desfecho para o processo de impeachment de Dilma Rousseff, e a divulgação do relatório da Unica para a atividade na segunda metade de abril. Segundo análise da Kingsman, a expectativa é de uma moagem de 36,27 mi ton, sugar mix de 42,38%, ATR de 117,44/kg ton e a produção de 1,726 mi ton de açúcar".
Ainda segundo a análise da H.Commcor, "um dos principais motivos para a alta, é, em grande parte, o fator climático. Seca na Ásia, e, as duas próximas semanas de chuva no CS brasileiro reforçam o ímpeto dos Bulls no mercado de açúcar. Segundo a Somar Meteorologia `a sucessão de frentes frias causa chuva sobre o centro e sul do Brasil. Até 15 de maio, estima-se acumulado entre 5 e 15 milímetros com extremo superior aos 50 milímetros no oeste de São Paulo. Entre 16 e 20 de maio, outro evento de chuva gera acumulado entre 15 e 30 milímetros no Paraná, Mato Grosso do Sul e São Paulo. Além da chuva, na próxima semana, espera-se acentuado declínio da temperatura, porém sem potencial para geada nas áreas produtoras".
Mercado doméstico
Os preços do açúcar no mercado doméstico fecharam praticamente estáveis segundo índices do Cepea/Esalq, da USP. Os negócios foram firmados em R$ 75,23 a saca de 50 quilos do tipo cristal, pequena alta de 0,01% no comparativo com a véspera.
Etanol diário
Já os preços do etanol hidratado continuam subindo pelos índices da Esalq/BVMF. Ontem, as usinas paulistas negociaram o biocombustível em R$ 1.315,00 o metro cúbico, alta de 1,86% no comparativo com os preços praticados na terça-feira.
Fonte: Agência UDOP de Notícias
Fonte: Canal do Produtor