O Ministério da Agricultura divulgou nota na qual manifesta apoio às ações do Ministério Público Estadual em municípios gaúchos em que foram detectadas práticas de adulteração do leite in natura, ressaltando o valor preventivo das investigações e o caráter pontual das fraudes. O Ministério da Agricultura reforça que “deu efetivo apoio às ações do Ministério Público, iniciadas há quatro meses, que determinaram a prisão de quatro funcionários da empresa Márcio Fachinelo – ME, além do proprietário”.
O ministério considera, no entanto, que “a prática é localizada e não compromete a produção leiteira do Estado do Rio Grande do Sul”. A empresa sob suspeita recolhia entre 40 e 50 mil litros de leite cru por dia de produtores da região e acrescentava a essa produção água e bicarbonato de sódio, este último para mascarar a primeira diluição.
O bicarbonato de sódio é substância utilizada para adequar o leite impróprio ao consumo, mantendo-o dentro dos parâmetros legais. Feita a adulteração, o leite era encaminhado para a Laticínios Unibom, localizada em Água Santa.
As análises de quatro coletas feitas pelo Ministério da Agricultura comprovaram a adulteração com o objetivo de “dar uma nova vida” ao leite. Verificou-se, ainda, que os suspeitos levavam até sete dias entre a ordenha e a coleta, prazo acima das 48 horas estipuladas pelo governo entre a coleta e o recebimento do leite pelos postos de resfriamento.
Fonte: Globo Rural