Conforme dados disponibilizados pelo Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea/MT) e analisados pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), o volume de bovinos abatidos no Estado, em 2015, encolheu 15,22% em relação ao consolidado no ano anterior. Como explicam os analistas do Imea, por meio da publicação mensal, Boletim da Bovinocultura, o resultado é com sequência de um movimento cíclico dentro da própria atividade: depois de anos de muito descarte, veio o da retenção.
Em dezembro de 2015 foram enviadas para o gancho, 387,41 mil cabeças. Este foi o menor volume de animais abatidos em um mês de dezembro desde 2010. “Realizando um apanhado de 2015, observa-se que o abate de animais caiu 15,22% se comparado a 2014. O ano passado somou 4,68 milhões de cabeças abatidas”, destaca trecho da análise.
Como apontam os analistas de pecuária do Imea, muito se tem discorrido sobre essa queda no volume abatido no Estado, atribuindo essa redução ao ciclo pecuário vivenciado atualmente, com a recomposição do rebanho acontecendo por meio da retenção das matrizes. “Tal teoria é confirmada quando se observam os dados estratificados, enquanto a redução no abate de machos foi de 300,06 mil cabeças, a diminuição no abate de fêmeas chegou a 540,23 mil cabeças. E, ainda, regiões que têm como característica o segmento de cria (norte, noroeste) registraram maiores quedas no volume abatido se comparadas a outras regiões”.
Reduzindo: Depois de atingir o pico de valor bruto da produção, receita gerada dentro da propriedade, gerado em 2014, a bovinocultura de corte registrou em 2015 sua primeira redução no Valor Bruto da Produção (VBP) desde que tal levantamento começou a ser feito pelo Imea. A pecuária de corte, segundo maior segmento de geração de valor para a agropecuária mato-grossense, viu seu VBP reduzir 0,57% em 2015, estabelecendo-se em R$ 8,86 bilhões. “A razão para essa leve redução no VBP da bovinocultura de corte está atrelada à queda no volume de animais abatidos (-15,22%), diminuindo o volume de carne bovina produzida no Estado. Para melhor entendimento d a queda no VBP ter sido tão tímida se comparada à queda no abate, basta se atentar para os preços da arroba em 2015, que ficaram em média 16,50% maiores que em 2014. Com projeções de queda no abate e perspectiva de preços em relativa estabilidade, estima-se uma leve redução no VBP da pecuária de corte também em 2016”, pontuam os analistas do Imea.
Fonte: Diário do Cuiabá
Fonte: Canal do Produtor