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ABATEDOURO MÓVEL, EM REGULAMENTAÇÃO PELO MAPA, PODE ABRIR ESPAÇO PARA PEQUENOS PRODUTORES

Nos próximos anos, a cadeia produtiva de carnes no Brasil poderá ganhar um reforço no quesito abate. Desenvolvido desde 2012 pela Embrapa Suínos e Aves e pela empresa Engmaq Equipamentos, o sistema de abatedouro móvel está em processo de regulamentação pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e pelos serviços de inspeção estaduais. Outros países do mundo já utilizam essa estrutura, mas nenhuma disponível no mercado está adaptada as normas ambientais e sanitárias brasileiras.

O abatedouro móvel é construído em contêineres frigorificados, de seis ou 12 metros, puxados por um caminhão. Essas estruturas são suficientes para alojar todos os equipamentos necessários como mesa de sangria, depiladeira e tanque de escaldagem, para o abate dos animais, inclusive com divisão entre as chamadas áreas suja e limpa. No caso dos suínos, por exemplo, uma estrutura desse porte permite um abate diário de até 80 animais.

No momento, duas unidades, uma para suínos e outra para entreposto de pescado, estão em uso para os testes necessários para a regulamentação definitiva deste tipo de sistema. “A procura e a expectativa dos produtores, pequenas agroindústrias e prefeituras municipais têm sido grande”, diz o pesquisador Elsio Figueiredo, da Embrapa Suínos e Aves. “Ainda não temos abatedouros móveis em uso no Brasil. Mas temos mais de 15 pedidos, que se encontram na fase de projeto para vários Estados como Bahia, Ceará, Piauí, Minas Gerais, Mato Grosso, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, além do Distrito Federal”, acrescenta.

O projeto do abatedouro móvel, que serve para aves (frangos coloniais, caipiras e orgânicos), suínos, caprinos, ovinos, bovinos e pescado surgiu de uma demanda do próprio mercado, conta Figueiredo. O abate de animais é um ponto crítico das cadeias produtivas das proteínas em pequena escala voltadas a mercados regionais. Assim, a tecnologia móvel é destinada a produtores comerciais organizados na forma de associações, cooperativas, pequenas empresas que não teriam uso diário para um abatedouro fixo e mesmo para produtores independentes ou que estejam distantes de frigoríficos. Ou seja, o compartilhamento seria uma maneira de viabilizar operacionalmente e de maneira financeira o processo.

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Fonte: Sistema FAEP



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