O número de suínos abatidos no Brasil totalizou 44,2 milhões de cabeças em 2018. Esse resultado apresenta crescimento de 3,4% na comparação com 2017 e registra um recorde para o período, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados hoje (14).
Apesar do recorde, a pesquisa mostrou que houve queda de 4% no abate de suínos no quarto trimestre de 2018, em relação ao terceiro trimestre, e alta de 0,4% na comparação com o mesmo período de 2017.
“A queda em relação ao terceiro trimestre é normal, já que é um período que tem maior abate”, explica o supervisor da pesquisa, Bernardo Viscardi.
Segundo o IBGE, o abate cresceu em 19 das 26 unidades da Federação analisadas. O destaque na produção entre os estados ficou em Mato Grosso do Sul (mais 296,4 mil cabeças), Rio Grande do Sul (mais 194,72 mil) e São Paulo (mais 181,64 mil). Santa Catarina manteve a liderança no abate de suínos em 2018, com 26,2% da participação nacional, seguida pelo Paraná (21%) e o Rio Grande do Sul (18,6%).
A produção de carne suína tem apresentado crescimentos ininterruptos, mesmo com alguns impactos na exportação. Viscardi lembrou das restrições da Rússia sobre a carne suína brasileira:
“mesmo com embargo desse principal comprador, que recebeu cerca de 40% de nossas exportações em 2017, mantivemos a escala de abate que gerou um recorde”.
Com o embargo russo, dados da Secretaria de Comércio Exterior mostram que a China se tornou o principal parceiro comercial de carne suína, recebendo 28,3% do total exportado pelo Brasil. Em 2017, o país asiático era o terceiro maior importador de suínos do Brasil.
Produção de ovos também é recorde
A pesquisa mostrou também que a produção de ovos de galinha subiu 8,6% e atingiu a marca recorde de 3,6 bilhões de dúzias em 2018, a maior desde 1987. Essa atividade foi maior em todos os meses do ano passado, quando comparado ao mesmo período de 2017. Os aumentos mais intensos ocorreram em São Paulo, que detém 29,4% da produção nacional, e no Espírito Santo, que ultrapassou Minas Gerais e concentrou 9,5% do total produzido em 2018.
Fonte: DATAGRO