De acordo com Marcelo Furtado, engenheiro químico mestre em energias renováveis, o governo federal deve começar a recompensar os produtores que se preocupam com os projetos ambientais do país, ao mesmo tempo em que precisa parar de dar incentivos a quem não dá importância ao assunto.
Furtado, que também é coordenador geral da Coalização Brasil, Clima, Florestas e Agricultura, acredita que a falta de uma postura pública mais rígida em relação às normas das iniciativas ambientais tem impedido a formação de um grupo coeso no setor.
No dia 18 de maio deste ano, por exemplo, o Senado aprovou umamedida provisória que prorrogou o prazo de inscrição no Cadastro Ambiental Rural (CAR) para 31 de dezembro de 2017.
- Com isso, aquele produtor que acreditou nas mudanças e se preocupou em se cadastrar dentro do prazo, acabou virando o ‘otário’. Enquanto o outro, que ignorou o projeto e deixou tudo para mais tarde, virou o ‘esperto’. É esse Brasil dividido entre supostos espertos e otários que precisa mudar – disse o especialista, durante o debate “Liderança e Protagonismo”, do 15º Congresso Brasileiro do Agronegócio.
Fonte: Globo Rural