Os agricultores familiares são atores socioeconômicos vitais para apoiar melhores meios de subsistência, criação de empregos, coesão comunitária e desenvolvimento rural. A afirmação é da presidente da Assembleia Geral da ONU, Maria Fernanda Espinosa, feita durante apresentação em evento em Roma, na Itália, para discutir desafios e oportunidades para a agricultura familiar.
Segundo Maria, o papel do pequeno produtor ganha ainda mais importância diante de um cenário global onde um terço da comida produzida é desperdiçada e um terço da terra é usada para a produção pecuária.
Os agricultores familiares, que estão na linha de frente dos esforços globais para combater a desnutrição e outras formas de má nutrição e promover uma alimentação saudável, precisam de um apoio mais forte frente ao crescimento da fome e da obesidade em todo o mundo”, disse a dirigente da ONU.
Ela observou que os agricultores familiares dão uma contribuição essencial para a salvaguarda da agrobiodiversidade e do conhecimento tradicional, em um contexto em que quase 1 milhão de espécies de plantas e animais estão sob risco de extinção.
Segundo Maria, há um enorme desafio à frente, tanto em termos de desigualdade social quanto ao tema da qualidade de alimentos em todo o mundo, uma vez que ocorre um aumento simultâneo das taxas de fome e de obesidade.
“De pastores a povos indígenas, moradores da floresta a agricultores familiares, todos dão uma contribuição crucial para a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável”, disse ela.
Fonte: DATAGRO