O Instituto de Defesa Agropecuária (Indea) autuou 51 propriedades, de junho até o momento, por conter plantas de soja durante do vazio sanitário, período destinado à prevenção da ferrugem asiática. Os produtores rurais autuados devem fazer a limpeza da área e pagar por cada hectare de soja ‘guaxa’.
De acordo com o engenheiro agrônomo Luiz Fernando Fritsch, o maior objetivo é evitar a propagação da doença na próxima safra de soja.
“Se não existisse o vazio sanitário, teríamos um índice muito alto de doença nas lavouras”, comentou.
Ainda segundo o Indea, mais 12 mil propriedades estão na lista da fiscalização. Pelo menos, 60% delas devem ser visitadas. O órgão prioriza as fazendas com histórico de ferrugem, ou seja, onde foi identificada a doença durante a safra. Além das áreas com mais umidade, que são mais propícias à ocorrência da ferrugem.
O agrônomo Thiago Nunes explica que, até o momento, 2.100 fazendas foram fiscalizadas, com a identificação de 1.600 hectares com soja ‘guaxa’.
Ainda segundo ele, nas propriedades onde foram encontradas plantas de soja em pé, amostras foram colhidas e examinadas. Nesses locais foi comprovada a presença da ferrugem.
O vazio sanitário foi estabelecido em 2006. Compreende um período de três esses, que ser encerra no dia 15 de setembro, com a proposta de não ter soja em nenhuma área, a fim de reduzir o índices de ocorrência de ferrugem.
A penalidade para quem descumprir as determinações do vazio sanitário é o pagamento de aproximadamente R$ 4,3 mil por infração. Além de cerca de R$ 290 por hectare com planta ‘guaxa’.
Além da multa, o produtor é obrigado a destruir as plantas e deixar a área limpa.
Sobre os casos de ferrugem asiática, o consórcio antiferrugem, que monitora a doença, registrou 31 casos, no estado, na safra 2018/2019.
Fonte: G1