Muitas vezes, o produtor rural
desconhece as oportunidades que se abrem quando ele entra no sindicato rural.
Além da representatividade, as entidades proporcionam acesso aos cursos
gratuitos do SENAR-PR. Foi o caso de José Flavio Firmani, aluno do curso de
Agronomia na Universidade Estadual de Londrina (UEL) que, com apenas 20 anos,
já tem diversos cursos no currículo. Na última safra de verão, ele fez as
capacitações “Manejo Integrado de Pragas (MIP) – inspetor de campo Soja” e
“Manejo Integrado de Pragas (MIP) – Milho”.
O convite partiu do Sindicato
Rural de Alvorada do Sul e transformou a maneira do estudante ver as lavouras.
“Eu conhecia os princípios [do MIP], mas não tinha visto na faculdade. O curso
mudou minha visão da agronomia. Principalmente ganhei segurança para
identificar os insetos e cruzar com o estágio em que a lavoura se encontra para
saber qual decisão tomar”, afirma. Vale lembrar que o MIP ensina que os
inimigos das pragas que causam dano econômico à produção estão presentes na
própria lavoura. Ou seja, insetos, aracnídeos e outros organismos combatem as
pragas que prejudicam o desempenho das plantas. Ao monitorar corretamente a
lavoura, o produtor pode tomar decisões em relação à aplicação de agroquímicos
de forma embasada, de acordo com a realidade da plantação.
Segundo a técnica do Departamento
Técnico (Detec) do Sistema FAEP/SENAR-PR e responsável pelos cursos de MIP,
Flaviane Medeiros, as áreas conduzidas com MIP são monitoradas. De acordo com
este acompanhamento, na safra 2019/20 as lavouras conduzidas com MIP fizeram,
em média, 1,4 aplicação, enquanto que nas demais a média foi de quatro
aplicações. “Além de ter uma lavoura mais equilibrada e mais saudável, com o
MIP o produtor tem economia no custo de produção. Essa diferença vem se
comprovando ano após ano com um número menor de aplicações nas áreas conduzidas
com essa técnica”, avalia Flaviane.
No talhão conduzido pelo jovem
Firmani, essa história se repetiu. “No ano passado, quando fiz o curso,
economizamos duas aplicações. Na área conduzida com o MIP só uma aplicação,
enquanto no restante, três”, afirma.
Por enquanto, o MIP ficou restrito
à área utilizada no curso (cinco hectares). Mas com os bons resultados obtidos,
a ideia de Firmani é sensibilizar a família para adotar a técnica de manejo no
restante da lavoura. “Por enquanto só dou pitaco nas decisões. Minha família é
bem aberta, mas gosta de primeiro ver o resultado para depois adotar”,
esclarece o jovem, que depois dos cursos de MIP, voltou ao sindicato para fazer
outras formações do SENAR-PR.
A notícia Sindicato abre as portas do conhecimento para jovem do Norte do Estado apareceu pela primeira vez em Sistema FAEP.
Fonte: Sistema FAEP