Com perdas em torno de 30%, por causa da geada dos dias 11 e 12 de setembro, o clima foi de pessimismo na abertura oficial da colheita de trigo no Rio Grande do Sul, neste sábado (03/10), em Cruz Alta. Segundo maior produtor nacional, depois do Paraná, os agricultores gaúchos não devem colher mais do que 2 milhões de toneladas do cereal, segundo estimativa apresentada na reunião da Câmara Setorial do Trigo, durante a Fenatrigo (Feira Nacional do Trigo, que acontece até este domingo em Cruz Alta).
O governador José Ivo Sartori participou da colheita ao lado de autoridades, lideranças do setor rural e agricultores e recebeu uma carta elaborada pela Câmara Setorial que apresenta a situação da principal cultura do estado – além dos prejuízos provocados pela geada, a previsão de chuvas na época de colheita pode afetar ainda mais a produtividade e a qualidade do trigo gaúcho. No documento, os representantes do segmento preferiram não apontar as reivindicações dos triticultores, devido a atual situação financeira do governo, mas a taxa de 12% de ICMS para vender o trigo gaúcho para outros estados, enquanto o Paraná paga 2%, é o principal entrave que o governador poderia resolver.
Foto: Luiz Chaves/Palácio Piratini
