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Live trata de estratégias para aumentar presença de mulheres no agro

As mulheres estão cada vez mais presentes em todos os elos da cadeia produtiva do agronegócio. No entanto, a representação feminina em cargos superiores e em espaços de tomada de decisão ainda avança lentamente. Por isso, a Comissão Estadual de Mulheres da FAEP incentiva o protagonismo feminino no campo e fomenta o potencial de liderança.

ASSISTA: para ver a transmissão completa, clique aqui.

Um dos caminhos para alcançar resultados neste contexto é alavancar a
capacitação das mulheres no agronegócio. Esse foi o tema da live promovida pelo
Sistema FAEP/SENAR-PR, por meio da sua Comissão Estadual de Mulheres, em
parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas
(Sebrae-PR). Com o tema “Capacitando mulheres, vencendo desafios”, a
transmissão contou com a presença de Lisiane Czech, vice-presidente da FAEP e
coordenadora da Comissão Estadual de Mulheres da FAEP; Débora Grimm,
superintendente do SENAR-PR; Teka Vendramini, presidente da Sociedade Rural
Brasileira (SRB); Rosangela Angonese, coordenadora estadual do Polo de
Liderança do Sebrae-PR; e Kellen Severo, que mediou o evento.

Conhecimento

Na ocasião, as convidadas compartilharam suas histórias e experiências no
setor, destacando fatores para a construção de uma trajetória de sucesso no
campo. Por unanimidade, a capacitação foi apontada como um aspecto que precisa
ser incentivado para o desenvolvimento de habilidades e competências, seja no
âmbito profissional ou pessoal. “Para eu ser a primeira mulher na presidência
da SRB foi muito trabalho. É difícil conciliar tudo. É preciso muito foco e
determinação”, afirmou Teka Vendramini. “O segredo é estudar”, aconselhou.

Na opinião de Débora Grimm, além da capacitação, também é preciso ter
paciência com o próprio processo de aprendizado. “Hoje, a gente tem acesso a
milhares de informações muito rapidamente, então você precisa selecionar,
definir o que quer para a sua vida, o que precisa complementar e começar
devagar. Não adianta querer abraçar o mundo”, disse.

Ainda, a superintendente do SENAR-PR destacou o papel da entidade na
formação profissional e promoção social da família rural paranaense, com os
cursos nas áreas técnicas, de gestão e programas como o Mulher Atual. “Muito
mais que disputa, estamos precisando de complementariedade no campo. Mão de
obra capacitada: esse é o caminho. Conquistar o nosso espaço para nos mantermos
e conquistarmos juntas um futuro melhor para todas”, argumentou.

Além de contribuir para a construção de uma trajetória profissional e
viabilizar novas oportunidades, o aprendizado é um processo de autoconhecimento
e desenvolvimento pessoal, segundo Rosangela Angonese, especialista em
Neurociência pela Faculdade de Ciência Médicas da Santa Casa de São Paulo. “Uma
das formas da nossa memória permanecer saudável por mais tempo é aprender
coisas novas todos os dias”, explicou. “O que a gente precisa é ter foco para
não se perder nesse emaranhado de informações. Vamos formando trilhas de
aprendizado que nos tornam mais capazes para aquilo que nos propomos a fazer”,
observou.

Rede de apoio

A consolidação de uma rede de apoio também foi um ponto em comum na
opinião das convidadas. Segundo Lisiane Czech, o sentimento de pertencimento a
um grupo é muito importante para criar vínculos e fortalecer as mulheres. “Por
isso a Comissão Estadual está fomentando a formação de grupos locais nos
sindicatos rurais, para juntas apoiarmos umas às outras”, destacou.

Para Lisiane, que também ocupa o cargo de presidente do Sindicato Rural
de Teixeira Soares, o bom relacionamento interpessoal leva à consolidação da
autoestima e autoconfiança no trabalho. “Eu sempre tive um bom relacionamento
com a comunidade da nossa cidade. Fui convidada a fazer parte da diretoria do
sindicato, fui aceita e acolhida e aquilo me deu segurança. Hoje temos cinco
mulheres na diretoria. Isso é um grande avanço”, afirmou.

Na avaliação de Teka, a mulher ainda encontra obstáculos apenas por ser
mulher, principalmente diante das diferentes e distantes realidades dentro do
Brasil. Por isso, esse trabalho de encorajamento e mobilização precisa ser
contínuo.

“Não dá para minimizar o problema que as pessoas têm. Dependendo da
região, eu vejo ainda muita dificuldade para a mulher se manifestar e se sentir
segura. Nós que estamos em posições de liderança precisamos fazer nosso
trabalho com excelência para que essas mulheres e meninas acreditem e caminhem
conosco”, advertiu. “E quando você, mulher, alcançar essa posição, não se
esqueça de trazer outras com você”, concluiu Teka.

SRB celebra centenário com entrega
de moeda comemorativa

A Sociedade Rural Brasileira (SRB) completou 100 anos em 2019. Desde a
sua fundação, a SRB assumiu papel de protagonista na atuação em defesa dos
direitos dos agricultores, da inovação no campo e da soberania econômica
brasileira. Para celebrar o centenário, a presidente da entidade, Teka Vendramini,
entregou uma moeda comemorativa ao presidente do Sistema FAEP/SENAR-PR, Ágide
Meneguette.

“É uma honra fazer parte dessa história e ter contribuído para que o
agronegócio brasileiro se tornasse uma verdadeira potência. É muito
significativo ver uma mulher no comando de uma entidade tão importante para o
setor e acompanhar o crescimento de lideranças femininas que, com certeza, são
fundamentais para fortalecer ainda mais o campo”, afirmou Meneguette.

A pecuarista e socióloga Teka Vendramini é a primeira mulher a ocupar o
cargo de presidente da SRB. Eleita em 2020 pelo Conselho Superior, ela ficará à
frente da entidade até o início de 2022.

A SRB foi fundada em 1919, época em que a Europa passava por reconstrução
devido ao término da Primeira Guerra Mundial (1914-1918) e líderes do
agronegócio brasileiro identificaram a oportunidade de fornecimento de produtos
primários ao continente. O encontro que deu origem à SRB reuniu 50 produtores
rurais, signatários da ata inaugural da entidade, na cidade de São Paulo.

Ainda, a SRB apoiou a criação da Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária (Embrapa), atuou pela garantia dos direitos dos produtores na
Constituição Federal de 1988, entre outras conquistas para o setor.

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Fonte: Sistema FAEP



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