"... houve a mudança do estatuto e se formou um compadrio eleitoral que não permite o surgimento de novas lideranças."

ELEIÇÃO FARSUL

A próxima segunda-feira (05/10) será movimentada na sede da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul). Dirigentes dos sindicatos rurais do estado, presidentes de cooperativas, cerealistas, lideranças do setor estarão na sede da Farsul, em Porto Alegre, para acompanhar a eleição da principal entidade do agronegócio gaúcho.

Presidentes dos 138 Sindicatos Rurais do Estado vão escolher se o atual presidente, Carlos Sperotto (76 anos), vai para o sétimo mandato ou o candidato da oposição, ex-presidente do Sindicato Rural de Passo Fundo, João Batista da Silveira (57 anos), assume o cargo.

Batista foi presidente da Comissão de soja e vice-presidente da comissão de trigo da Farsul nos anos de 2011 e 2012. Atualmente é delegado representante do Sindicato Rural de Passo Fundo.

Na véspera da disputa, o portal Agronovas conversou com o candidato da oposição, que critica o que chama de “plano de poder” da atual gestão. Confira a entrevista:

Agronovas – Por que concorrer à presidência da Farsul?

Batista – Os motivos são diversos, tentarei tecer alguns, vamos mudar a gestão tornando-a mais dinâmica, moderna e participativa, realizar uma política de classe mais pró ativa, organizar as cadeias produtivas.

Agronovas – Na sua visão, qual o motivo do atual presidente estar no cargo há 18 anos?

Batista – Bem, os seis primeiros anos foram por merecimento em ter feito boa gestão, o restante foi por acomodação da classe e pela organização de um plano de poder, onde houve a mudança do estatuto e se formou um compadrio eleitoral que não permite o surgimento de novas lideranças.

Agronovas – Quantos sindicatos acredita ter apoio?

Batista – Não cobrei posição de nenhum Sindicato ou presidente, simplesmente mostrei como podemos mudar nossa política agrícola para termos melhores resultados.

Agronovas – Se for eleito, qual seu principal desafio?

Batista – O principal desafio é agregar todos os sindicatos, motivar a todos para trabalharmos juntos pela nossa classe. Muitos se encontram dispersos e desmotivados.

Agronovas – Diante da atual crise econômica enfrentada pelo país, o que precisa ser feito?

Batista – Teremos que aperfeiçoar nossa gestão, nos tornando cada vez melhor naquilo que fazemos. Precisamos com urgência a melhora nas condições de seguro para o setor, isto é, reduzir o risco. Definições de políticas de longo prazo para o setor, com regras definidas.



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