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Após valorização em junho, mercado de lácteos dá sinais de estabilidade

O mercado de lácteos teve valorização
expressiva em junho, fechando o mês com alta de 11,15%, no Paraná. O avanço foi
puxado pelo bom desempenho de produtos de maior peso no mix de comercialização,
como mussarela, queijo prato, leite UHT e leite spot. Nas três primeiras
semanas de julho, no entanto, o setor deu mostras de entrar em tendência de
estabilidade. A projeção do Conselho Paritário Produtores/Indústrias de Leite
do Paraná (Conseleite-PR) é de que o mês feche com um leve recuo de 0,92%, com
o preço de referência projetado de R$ 1,9422, para o leite entregue em julho, a
ser pago em agosto.

O cenário foi apresentado em reunião
do Conseleite-PR realizada nesta terça-feira (27), por videoconferência.
Segundo o levantamento, os derivados com maior representatividade no mix
tiveram valorização generalizada em junho, mas ficaram em estabilidade ou
tiveram leve recuo em julho. Os preços do mussarela, por exemplo, tiveram alta
de 15,46% em junho, mas recuaram 3,64% na parcial de julho. Já os preços do UHT
subiram 11,15% no mês passado, permanecendo em estabilidade em julho. Mussarela
e UHT são os produtos mais comercializados no Paraná, respondendo por 52,8% e
17,7% do mix, respectivamente.

Outros produtos que também têm peso na
cesta de produtos tiveram desempenho semelhante. O queijo prato teve
valorização de 11,14% em junho, mas perdeu fôlego e recuou 0,79% nas três
primeiras semanas de julho. Os preços do leite spot também subiram mais de 11%
no mês passado, mas caíram 3,49% em julho. “A pergunta que fica é se essa
estabilização no patamar elevado vai se manter. Temos, hoje, fatores de alta e
fatores de baixa. Vamos ver quais vão prevalecer”, disse o professor José
Roberto Canziani, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), um dos responsáveis
pelo levantamento.

Os derivados que têm um volume de
comercialização menor tiveram comportamento diferente. Bebida láctea,
requeijão, creme de leite, doce de leite e manteiga acumularam altas em junho e
em julho. No caso do creme de leite, a valorização foi de 7,85%, com o produto
atingindo seu maior patamar de preço da série histórica. Outro destaque é o
iogurte: em um ano, a valorização do derivado passa dos 20%. “Os derivados de
menor volume não mostram sinais de arrefecimento e devem continuar em
valorização”, apontou Canziani.

No encerramento da reunião, o
presidente do Consleite-PR, Ronei Volpi, apontou fatores que deixam os
produtores em alerta. De um lado, há o reduzido poder aquisitivo da população e
alta da inflação. De outro, questões climáticas, como as sucessivas geadas, que
impactam sobre a produção e podem reduzir a oferta dos lácteos. “O plano
estratégico do nosso setor, seja do lado dos produtores, seja do lado da
indústria, é nos mantermos vivos nesse momento de incertezas. Vamos trabalhar
para o desenvolvimento da nossa cadeia produtiva”, disse Volpi, que representa
o Sistema FAEP/SENAR-PR no colegiado.

A notícia Após valorização em junho, mercado de lácteos dá sinais de estabilidade apareceu pela primeira vez em Sistema FAEP.

Fonte: Sistema FAEP



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