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Ágide Meneguette: Paraná emtra em um novo patamar sanitário

Por Ágide Meneguette

O Paraná atingiu um novo patamar sanitário no dia 27 de maio, quando a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) reconheceu o Estado como área livre de febre aftosa sem vacinação. A partir de agora, nós não vendemos apenas carnes para o mundo, mas também segurança alimentar! Esse novo selo estampado nos produtos paranaenses certamente vai abrir novos mercados, que pagam mais. Afinal, o olhar sobre os nossos produtos vai mudar para melhor.

É preciso comemorar. Para valorizar ainda mais essa conquista, é importante recordar o trabalho de mais de três décadas
até o reconhecimento. Muitas entidades públicas e privadas participaram do processo. E posso afirmar que somente com a união e o esforço de todos os elos da cadeia produtiva da agropecuária paranaense
foi possível chegarmos até aqui.

Certamente, a
FAEP foi um dos principais agentes neste processo. Há décadas, a bandeira da
sanidade tem sido empunhada
pela Federação, que priorizou a necessidade de o Paraná reforçar a sua sanidade animal até chegar à retirada da
vacinação. A FAEP promoveu viagens técnicas,
convenceu governadores, contratou especialistas em sanidade, participou de
conselhos e eventos, propôs a
criação da chamada Lei da Sanidade Animal,
do Fundepec, dos Conselhos de Sanidade
Animal, da Adapar e promoveu essa
cultura do esclarecimento entre os pecuaristas
paranaenses. Afinal, o apoio do
campo era peça-chave.

Mas e
agora, o trabalho terminou? Pelo
contrário!

Com o reconhecimento consumado,
é preciso iniciar uma segunda etapa de trabalho, que também exige a continuidade da união de todos os elos da cadeia produtiva. A produção paranaense de frango, suíno, bovinoculturas de corte e leite, peixes, entre outras proteínas animais,
vai continuar crescendo.

Somos referências
dentro da porteira e, agora, também fora. Para não ocorrer um desequilíbrio entre oferta e demanda, é preciso se preocupar com o mercado externo, pois os compradores não vão, no primeiro momento, bater à nossa porta.

Uma agenda
positiva de viagens aos possíveis
países compradores precisa ser
definida, de forma permanente. Essa tarefa
precisa ser efetivada a partir das agroindústrias
e cooperativas paranaenses, afinal, o poder de transformação dos produtos
e da negociação para a prospecção de novos mercados são delas.

No campo,
os nossos produtores de aves,
suínos, bovinos, leite, peixes e
outras proteínas precisam manter a vigilância
sobre os rebanhos, para evitar qualquer
risco de doenças. O cadastro anual
junto ao órgão responsável precisa da adesão total. Afinal, uma eventual ocorrência pode afetar negativamente a pecuária estadual e, consequentemente, a economia do Paraná.

O Paraná
venceu uma importante etapa.
Mas precisamos ter a consciência de
que o trabalho, dentro e fora da porteira, não termina aqui. Na verdade, nunca vai parar. Agora, precisamos seguir com o esforço coletivo para colher os frutos deste reconhecimento tanto para os pecuaristas
e indústrias, como para a economia e a sociedade do Estado.

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Fonte: Sistema FAEP



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