O Brasil começou o ano de 2021 sem estoque de soja, o que atrapalhou as vendas ao exterior. No primeiro trimestre do ano (janeiro a março), o país embarcou 5% menos soja em grãos para o mundo, se comparado aos volumes de 2020, mas lucrou 8% mais com isso. Já a China, principal comprador do produto, também comprou menos ante o mesmo período do ano passado, pagando mais por isso.
Segundo levantamento da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o Brasil exportou 16,204 milhões de toneladas para o mundo de janeiro a março deste ano, contra os 17,084 milhões de toneladas de um ano antes.
O volume um pouco menor, no entanto, não diminuiu a receita obtida com a venda da soja, e no primeiro trimestre de 2021 o Brasil ganhou mais dinheiro vendendo menos grãos. De janeiro a março de 2021 a receita chegou a US$ 6,421 bilhões, ou seja 8,1% a mais que os US$ 5,940 bilhões de 2020.
China
A China seguiu os mesmos passos, ou seja, comprou menos soja, mas pagou mais. De janeiro a março, os asiáticos importaram 11,634 milhões de toneladas de soja do Brasil, 7,6% a menos que em 2020, quando compraram 12,588 milhões de toneladas.
Já em termos de valores, os asiáticos gastaram 6% mais, chegando a US$ 4,639 bilhões em 2021, contra os US$ 4,376 de 2020.
Só por curiosidade, a participação da China nas vendas de soja totais do Brasil diminuiu em 2021, ficando em torno de 71,8%, contra os 73,7% de 2020.
Mato Grosso se destaca
Mato Grosso é o principal estado exportador no acumulado de 2021. As exportações de soja do estado totalizaram 6,44 milhões de toneladas em 2021. O volume é 7% inferior ao exportado no mesmo período de 2020 e corresponde a 39,74% das exportações brasileiras no acumulado de 2021.
O estado do Paraná foi o segundo maior exportador, com 1,574 milhão de toneladas no período. Goiás exportou 1,523 milhão de toneladas e São Paulo, 1,029 milhão.
Fonte: Canal Rural