Ao longo de janeiro e fevereiro, houve diminuição da oferta de melancias no mercado doméstico, em decorrência da finalização precoce da safra principal de São Paulo no início do ano, diminuição do ritmo de colheita no Rio Grande do Sul e menor área destinada à segunda parte da safra baiana, iniciada no segundo mês de 2021.
Em março, a expectativa era de aumento na oferta, devido à manutenção do bom volume colhido em Teixeira de Freitas (BA), ao início da colheita da safrinha paulista e à intensificação das atividades em Uruana (GO). No entanto, a oferta baiana já demonstra sinais de diminuição, mesmo com novas roças sendo iniciadas na região, por conta da boa demanda observada em semanas anteriores.
Em Marília/Oscar Bressane, primeira região de SP a iniciar a colheita da safrinha, a incidência de viroses está preocupante e agentes acreditam que a produtividade possa ser impactada, diminuindo a oferta no estado. Além disso, na região de Itápolis (SP), a área plantada deve ser menor. Já em Goiás, poucas lavouras devem ter a colheita iniciada no período, mantendo a oferta reduzida.
Deste modo, as cotações podem se manter firmes, pelo menos até o final deste mês, nas praças produtoras – na parcial de março (1° a 12/03), os preços da fruta graúda (>12 kg) estão à média de R$ 0,71/kg nas regiões em fase de colheita (BA, SP e RS), alta de 7% frente ao mesmo período do mês passado.
Fonte: Cepea/Hortifruti