Os produtores paranaenses até esta semana plantaram 10% da área de soja estimada para esta safra, ritmo acima dos 7% que estavam semeados em igual período do ano passado. Os dados são do levantamento semanal da consultoria AgRural.
A consultoria calcula que 2% da área nacional foi semeada até agora.
- Em ano de custos mais altos e de preços mais baixos em dólar, poucos arriscam plantar nas áreas onde ainda não há previsão de boas chuvas – diz Fernando Muraro, diretor da AgRural.
Os produtores do oeste paranaense intensificaram o “plantio no pó” nos últimos dias, justamente de olho na previsão de chuvas para o próximo fim de semana. Muraro observa que no sudoeste, os talhões com umidade também já receberam sementes e na região de Cornélio Procópio, no norte, o plantio ainda é pontual e deve ganhar ritmo após o retorno das chuvas.
No levantamento feito em Mato Grosso, a AgRural constatou que, devido ao atraso das chuvas e ao tempo seco, o plantio da soja está limitado a áreas irrigadas e àquelas onde os produtores pretendem semear algodão safrinha após a colheita da oleaginosa. Em Lucas do Rio Verde, no médio norte mato-grossense, pancadas irregulares de até 10 mm foram registradas nesta semana.
- Mas, sem previsão de maiores volumes nos próximos dias, o plantio começou só em áreas de pivô – diz Muraro.
Segundo a AgRural, em Mato Grosso do Sul alguns produtores da região sul começaram a semeadura no pó, mas a maioria está à espera das chuvas previstas para a próxima semana. Em Maracaju, alguns chegaram a colocar as máquinas no campo, mas os trabalhos foram paralisados devido à falta de umidade e às altas temperaturas. Em São Paulo e Rondônia, os outros dois estados onde o vazio sanitário já terminou, o plantio ainda é muito pontual.
A AgRural estima a área brasileira de soja em 32,8 milhões de hectares (+2,7%), com produção potencial de 99,4 milhões de toneladas (+3,4%).
Fonte: Globo Rural