Indo ao encontro das expectativas de agentes do mercado, os preços do tomate, em janeiro, têm se mantido acima dos custos de produção. Na média parcial do período (1° a 26/01), a caixa do produto é negociada a R$ 56,53 (ponderado por classificação), valor 55% acima das estimativas de custo – e 29% superiores às cotações médias de dezembro/20.
O cenário positivo de preços foi impulsionado pelos resultados da primeira quinzena do mês, quando as cotações estavam em patamares bastante altos, devido à menor oferta, decorrente do encerramento da safra do “cedo” nas regiões altas de Itapeva (SP) e Reserva (PR). Naquele período, a média registrada foi de R$ 62,58/cx (ponderado por classificação), alta significativa de 43% frente a dezembro/20.
Já nesta segunda quinzena do mês, os preços têm sido pressionados, mas ainda não estão abaixo dos custos de produção. A queda é reflexo da intensificação da safra de verão, principalmente por conta do maior volume colhido na região Caçador (SC), que ocorreu a partir do dia 16/01.
O cenário positivo na temporada se deve, principalmente, à redução de área frente à 2019/20, e também ao clima mais regular, que vem permitindo uma colheita condizente com o planejamento de plantio – sem que haja concentrações muito acentuadas de oferta. Fevereiro, por sua vez, deve ser marcado pelo pico de safra, o que pode reduzir as cotações médias no mês, na comparação com janeiro, mas ainda sem impactar a rentabilidade do produtor.
Fonte: Cepea