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Campanhas criaram “experiência inovadora” para alunos e professoras

Neste ano, devido à pandemia do
novo coronavírus, o Agrinho precisou se reinventar. A edição 2020 do programa
foi cancelada, para atender às orientações de saúde, mas o compromisso com a
educação paranaense não permitiu que a família Agrinho ficasse parada. Por meio
das campanhas “Agro pela Água” e “Todos Contra a Dengue”, o Sistema
FAEP/SENAR-PR reuniu milhares de professores e alunos, de forma remota, para
dar sequência a este trabalho de responsabilidade social.

Com a suspensão das aulas
presenciais, as campanhas foram lançadas para serem desenvolvidas de forma
online com os alunos, por meio da utilização de materiais didáticos específicos
sobre os temas, bem como vídeos e um jogo eletrônico. Apesar das mudanças, o
objetivo das campanhas manteve-se alinhado ao Programa Agrinho: abordar temas
transversais que colaboram diretamente para a formação dos cidadãos do futuro.

Assim como o desenvolvimento das
campanhas, a tradicional festa de encerramento do Agrinho foi substituída por
uma transmissão ao vivo, que, entre os poucos convidados, por motivos de
segurança, reuniu quatro docentes e quatro estudantes das redes públicas
municipal e estadual de ensino para uma premiação presencial simbólica. Na
ocasião, as professoras Dilma dos Santos, Rosemari Kanarski, Maria Luiza de
Araújo e Rosane Mayer e os alunos João Pedro Pereira, Natan Miguel Lopes, Sarah
de Castro e Andressa Sydorak receberam os prêmios das mãos das autoridades
presentes, representando os milhares de participantes das campanhas.

Reconhecimento

Ainda que realizadas em formato
remoto, as campanhas incentivaram a troca de experiências e o diálogo, tanto
por meio do uso de tecnologias para o desenvolvimento das atividades, como
também pelo envolvimento mais próximo das famílias na rotina de aprendizado dos
alunos. Segundo as docentes, isso permite que os jovens criem seu próprio senso
crítico e sejam capazes de contribuir para melhorar a rotina de sua comunidade.

“Com o apoio da equipe pedagógica
e da supervisora, a gente conseguiu suprir as necessidades dos alunos mesmo em
meio às novidades das aulas online, e sendo um material de excelente qualidade
e muito bem orientado, facilitou o trabalho e a compreensão por parte deles. A
família também entendeu o recado e conseguimos colocar em prática”, contou a
professora Dilma, da Escola Municipal José Eurípedes Gonçalves, de Campina
Grande do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC).

Apesar de temas distintos, os
materiais didáticos disponibilizados permitiram que ambas as campanhas fossem
trabalhadas de forma complementar. Segundo a professora Rosane, do Colégio
Estadual Professor Júlio Mesquita, em Curitiba, devido ao problema de estiagem
na capital, muitas famílias estão fazendo uso de tonéis para coleta e
armazenamento de água da chuva. Esse assunto foi amplamente debatido pela turma
e pode ser desenvolvido dentro do contexto das duas campanhas, incentivando a
conscientização sobre a preservação da água e, também, destacando os cuidados
necessários para que esses espaços não ofereçam risco de proliferação do
mosquito Aedes aegypti.

“Esse ano foi totalmente atípico,
mas foi uma experiência inovadora tanto para nós professores como para os
alunos. Apesar de eu já trabalhar com o Agrinho há alguns anos, essa minha
turma não conhecia o programa, então foi mais uma maneira de trazer temas
importantes para serem discutidos pelos alunos”, relatou a professora. A
novidade, inclusive, rendeu bons frutos. “Nós percebemos como temos que estar
muito atentos ao que acontece no nosso dia a dia, como é o caso da dengue. Com
certeza agora todo mundo lá em casa está se cuidando ainda mais”, avaliou
Andressa, uma das alunas premiadas.

Enquanto a campanha “Todos Contra
a Dengue” reforçou os cuidados e orientações sobre a doença, cujas notificações
cresceram drasticamente em diversos municípios do Paraná em 2020, a campanha
“Agro pela Água” foi voltada ao meio ambiente e sustentabilidade. A estiagem
sofrida pelos paranaenses acendeu um alerta sobre a necessidade de um trabalho
de conscientização da população para o uso racional da água.

A
diretora Maria Luiza, da Escola Municipal Jardim Pioneiro, em Campo Magro, na
RMC, que participou do evento representando a professora Rosangela Valle Natel,
destacou o Agrinho como um importante instrumento de conscientização. “Esse ano
foi atípico, pela pandemia, mas como sempre trabalhamos com o Agrinho e os
temas transversais na escola, a didática fica mais fácil. Também percebemos que
eles já tinham uma conscientização muito boa sobre os assuntos das campanhas”,
apontou. “Deu bastante trabalho, mas foi muito gratificante ver os resultados”,
concluiu a diretora.

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Fonte: Sistema FAEP



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