A redução da área plantada nos principais países produtores e, principalmente, a elevação da cotação do dólar fizeram o preço do alho subir nesta safra. Com a diminuição do plantio na Argentina e, especialmente, na China – maior produtor mundial – que diminuiu 10% da área destinada ao alho e a disparada da moeda norte-americana que encareceu a importação devido a taxa antidumping aplicada no Brasil de USD 7,5/caixa de 10 kg, o produto nacional ganhou competitividade e o produtor brasileiro está recebendo uma boa remuneração para a produção. Conforme o presidente da Associação Nacional dos Produtores de Alho (ANAPA) e da Associação Gaúcha dos Produtores de Alho (AGAPA), Olir Schiavenin, o produto de classe 7 chega a valer R$ 14/kg e o valor médio do alho classificado, embalado e entregue no mercado é de R$ 12/kg. Já o produtor recebe pelo alho ensacado na propriedade em média entre R$ 8/kg e R$ 9/kg.
Está sendo um ano muito bom para o alho – admite o presidente da ANAPA.
Alho menor
De acordo com a AGAPA, nos 1650 hectares destinados a cultura no Rio Grande do Sul a produção chegou a 18 mil toneladas. Apesar de não afetar a qualidade, o comportamento do clima (quente e úmido) acarretou num ciclo mais rápido de produção e o calibre do alho ficou um pouco menor com uma média de classificação de 5 a 6.
Os agricultores de Nova Pádua, na Serra Gaúcha, Neris Marin e Horácio Alessi (foto), colheram 25 mil quilos em 2,5 hectares – 15% menos que a safra anterior.
- Pra nós foi uma boa safra, a chuva não prejudicou tanto, mas alguns produtores tiveram problemas com bactérias e má formação do bulbo – revela Horácio.