Os baixos estoques no Brasil e o dólar valorizado mantêm firmes os preços domésticos da soja em grão, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq/USP.
Diante disso, o Indicador Esalq/BM&FBovespa, base porto de Paranaguá (PR), registrou avanço de 6,4% na parcial de setembro, tendo atingido R$ 150,86 pela saca de 60 quilos na quinta-feira (24/9).
O valor é o maior patamar nominal da série do Cepea (iniciada em março de 2006) e apenas um pouco abaixo do recorde real, de R$ 153,40, registrado no dia 31 de agosto de 2012 (em valores deflacionados pelo IGP-DI de agosto/2020).
Já na sexta-feira (25/9), o indicador cedeu 2,8% frente ao dia anterior, fechando a R$ 146,63 por saca. A valorização da soja segue desafiando as indústrias brasileiras, mas muitas indicam estar conseguindo repassar as altas do grão aos derivados, diante da firme procura por farelo e óleo derivados da oleaginosa.
Levantamento do Cepea mostra que o óleo, inclusive, é negociado acima de R$ 6,8 mil por tonelada, recorde nominal da série do Cepea e o maior patamar real desde março de 2008.
Fonte: Globo Rural.