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SUSPEITA DE QUEIMADAS CRIMINOSAS

A operação da Polícia Federal para apurar o possível envolvimento de criminosos no aumento das queimadas no Pantanal suspeita que as ações partiram de cinco fazendas da região de Corumbá, no norte do Mato Grosso do Sul.

Elas foram identificadas a partir de imagens de satélite que indicaram focos de incêndio iniciado dentro das propriedades antes de o fogo atingir áreas de preservação permanente e os limites do Parque Nacional do Pantanal Mato- grossense e da Serra do Amolar.

“São fazendas em locais inóspitos, é difícil que esses focos tenham ocorrido de forma acidental. A suspeita é de que esses fazendeiros tenham feito a queima para aumentar a área de pastagem para gado, e o fogo acabou se alastrando para os parques nacionais e reservas”, explica o delegado da Polícia Federal em Corumbá, Alan Givigi.

Segundo ele, os agentes envolvidos na operação buscam documentos e mensagens de celular que comprovem o envolvimento dos produtores com o início dos incêndios.

“Estamos buscando celulares e documentos como o comprovante de venda de gado. Porque se esses produtores colocaram fogo no pasto, eles tiveram que tirar o gado antes”, explica.

Nesta segunda-feira (14/9), a Polícia Federal deflagrou uma operação para apurar o envolvimento de criminosos e a origem premeditada dos incêndios que se espalha pelo Pantanal. O foco foi nas cidades de Corumbá e Campo Grande, no Mato Grosso do Sul.

Batizada de Matáá, que significa “fogo” na língua indígena guató, a ofensiva envolveu 31 agentes para o cumprimento de dez mandados de busca e apreensão. Para chegar aos locais afetados, os policiais usaram imagens de satélite e sobrevoo com aeronaves.

De acordo com a Polícia Federal, o dano ambiental provocado pelos incêndios superam os 25 mil hectares no Estado, tendo atingido áreas de preservação permanente e os limites do Parque Nacional do Pantanal Mato-grossense e da Serra do Amolar.

Se a investigação confirmar que os incêndios foram provocados por ação criminosa, os acusados poderão responder pelos crimes de dano a floresta de preservação permanente, dano direto e indireto a unidades de conservação, incêndio e poluição, com penas que podem ultrapassar os 15 anos de prisão, segundo a Polícia Federal.

Fonte: Globo Rural

Foto: Zé Medeiros/Globo Rural

                     



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