Grão de Soja

EMBRAPA APRESENTA NOVA CULTIVAR DE SOJA

A cultivar de soja BRS 5804RR é o lançamento da Embrapa para a região fria do Brasil. Um dos destaques da cultivar é a resistência à podridão radicular de fitóftora, problema recorrente nas lavouras da Região Sul. O potencial de rendimento da soja está acima de 100 sacas por hectare.

De acordo com o pesquisador da Embrapa Trigo, Paulo Bertagnolli, um dos diferenciais da cultivar BRS 5804RR é a amplitude de semeadura, adaptada a plantios tanto no início quanto no final da época recomendada, quando demonstrou diferencial significativo em produtividade comparada a outros materiais de mesmo ciclo. Os melhores resultados ocorreram nas semeaduras entre 21 de outubro e 30 de novembro, quando os rendimentos ultrapassaram os 6 mil kg/ha.

“A cultivar foi testada em 22 locais durante três anos e mostrou-se realmente superior às testemunhas”, conta o pesquisador, lembrando que a ampla janela de semeadura permite o escalonamento de plantio ou mesmo o replantio em situações de adversidade climática.

Um dos principais problemas nos cultivos de soja na Região Sul é a podridão radicular de fitóftora, que implica na morte de plantas na fase inicial da lavoura. A cultivar BRS 5804RR é resistente à fitóftora, problema recorrente em solos com excesso de umidade e áreas sem rotação de culturas.

Além da sanidade de raíz, a alta produtividade da BRS 5804RR também resulta do elevado peso de mil grãos (PMG 210 g), em plantas de porte médio que apresentam vagens com quatro grãos.

A cultivar está indicada para a região Macrorregião Sojícola 1, que abrange os estados do RS, SC e regiões frias do PR e SP.

Avaliação do produtor

O produtor Daniel Celso apostou na multiplicação da soja BRS 5804RR em 34 hectares de lavoura em Sarandi, RS. Com acompanhamento técnico da Cotrisal, a cultivar BRS 5804RR, semeada em 20 de novembro, surpreendeu no arranque inicial, se destacando em meio a seis cultivares de soja, com ciclos que variam de super precoce a tardio.

“A soja mostrou um vigor que chamou a atenção. Estamos esperando para ver o resultado na colheita”, conta Daniel, que, mesmo com os impactos da estiagem na região, mantém a expectativa de superar a média de 80 sacos por hectare alcançada nos últimos anos.

Fonte: Embrapa



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