Em busca de agregar mais qualidade ao corte suinícula, produtores se reuniram em Campinas (SP), na última segunda-feira (13), para debaterem sobre “A importância da padronização dos cortes, como controle de qualidade da carne suína pela ótica do varejo”. A palestra, realizada pela Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS), com apoio da Alltech – Nutricamp, foi ministrada pela zootecnista Luciana Lacerda.
Luciana, pesquisadora no setor, enfatizou que a mudança no conceito do mercado precisa ser notada pelo produtor.
- O mercado do varejo mudou seu conceito, eles preferem os cortes pela facilidade que ele tem, principalmente, na exposição. O ideal é que os cortes sejam um facilitador. A suinocultura esta um pouco atrasada na parte de embalagens, comparada a outras categorias que já tem, por exemplo, a embalagem a vácuo e outros diversos tipos de bandejados que facilitam esse autosserviço. Já na suinocultura não tem tantos – elucidou.
Para a zootecnista, diante de outras categorias a suinocultura ainda é carente nesse aspecto.
- Do mais, depende do próprio produtor entender que esses investimentos vão refletir na margem de lucro dele. O produtor precisa entender que, com isso, ele vai vender mais, fazer parcerias e garantir fidelização – aponta.
Presente no encontro, o presidente da APCS, Valdomiro Ferreira Júnior, ressaltou que a escolha busca incentivar o produtor a ter uma visão ampla sobre o mercado.
- É um tema de extrema importância porque sai um pouco do dia a dia das granjas. É necessário para quem produz saber o que o consumidor pensa do nosso produto, além das porteiras. Principalmente, na evolução dos cortes as opções que temos para oferecer ao consumidor que é nosso objetivo. A ideia é provocar um tema que foge do dia a dia da granja e despertar em quem produz a necessidade de olhar para fora da porteira – disse ele.
Ferreira ressaltou ainda que a palestra se adequa aos novos padrões de mercado.
- É uma das bandeiras da Associação Paulista dos Criadores de Suínos mudarmos as formas de comercialização. Não comercializar mais os suínos vivos, mas sim abatidos para que o mercado possa valorizar quem tem a qualidade de carne melhor – esclareceu.
Fonte: Suinocultura Industrial