O novo modelo de rotulagem nutricional para alimentos embalados é o tema do programa Direto ao Ponto deste domingo, 27, que convidou o presidente executivo da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (ABIA), João Dornellas, e o diretor da Viva Lácteos, Marcelo Martins para esclarecer os detalhes das propostas em debate. O foco é definir qual a melhor forma de dispor as informações para efetivamente auxiliar o consumidor a escolher melhor os alimentos que leva para casa.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) colocou em consulta pública um novo modelo de rotulagem nutricional nos produtos embalados. Até o dia 6 de novembro, o consumidor brasileiro poderá fazer sugestões ao novo regulamento que pretende uma rotulagem frontal na embalagem. A ideia da agência é indicar uma lupa quando o alimento apresentar alto teor de açúcar, sódio ou gordura saturada. Substâncias que estão relacionadas com as principais doenças crônicas, como doenças cardiovasculares, diabetes e hipertensão. A norma propõe ainda padronizar as porções especificadas no rótulo das embalagens informações sobre as quantidades dos ingredientes, que seriam estabelecidos em 100 g ou 100 ml.
Outras duas formas de rotulagem são defendidas pela indústria e por entidades de defesa do consumidor. A que tem apoio do IDEC (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor), é o modelo de alerta com triângulos pretos na parte frontal de embalagem quando houver alto teor de açúcar, gordura ou sódio. Já o formato de “semáforo” é a aposta da Rede Rotulagem, que engloba 20 entidades ligadas à indústria de alimentos, com a disposição das cores, verde, amarelo e vermelho, conforme o teor dos nutrientes presentes na tabela nutricional que já existe.
Segundo o representante da Viva Lácteos, a importância de se defender o modelo de semáforo, primeiro é que as luzes verde, amarelo e vermelho permitem a qualquer consumidor identificação se há baixo, médio ou alto teor em relação aquele nutriente.
“Ela vem com o percentual de valor diário, ou seja, ela permite ao consumidor a identificação de quantos por cento dentro da cesta de alimentação dele diária, considerando duas mil calorias, quanto que aquele alimento vai compor do total da alimentação que ele vai consumir por dia”.
Para ele, a questão da educação é fundamental, além da rotulagem para se criar na população hábitos mais alimentares saudáveis.
Fonte: Canal Rural