Após período de estabilidade, o preço do suíno vivo voltou a crescer. Em função da aproximação das datas festivas de final de ano, quando tradicionalmente aumenta a demanda por carne suína, a tendência é de que os preços continuem em alta. O aumento também das exportações para a China e a baixa disponibilidade de animais para abate (CEPEA), demonstram a elevação consistente no preço nos últimos meses. Todos estes fatores indicam uma sustentação dos preços pagos aos produtores nos próximos meses.
Cenário das exportações
A China se aproxima de se tornar o destino de quase metade das exportações de carne suína brasileira. É o que mostram os gráficos a seguir (tabela 3), sendo que no acumulado do ano, o Brasil está muito próximo dos números alcançados em 2017 (tabela 2), quando batemos o recorde de embarques de carne suína in natura.
Considerando todos os produtos, entre in natura e processados, no acumulado de janeiro a setembro, as exportações brasileiras de carne de suína atingiram 524,2 mil toneladas, uma alta de 12,15% em relação ao mesmo período de 2018. As receitas no mesmo período totalizam 1,080 bilhão de dólares, 21,1% a mais que 2018 (dados da ABPA).
Segundo o MBAgro, os exportadores norte-americanos esperam realizar expressivas vendas de carne suína para a China, em função das perdas decorrentes da Peste Suína Africana (PSA). É esperado também que importadores chineses realizem compras expressivas do produto norte-americano como sinal de boa vontade com as negociações bilaterais. A China impôs em julho de 2018 uma tarifa retaliatória de 62% sobre a carne suína norte americana, em virtude do conflito comercial entre os dois países. Além dessa taxa, desde 1º de setembro deste ano, está em vigor uma tarifa adicional de 10% sobre a carne suína norte-americana.
Fonte: Notícias Agrícolas