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BRASIL GANHA ESPAÇO PARA EXPORTAR PRO ORIENTE MÉDIO

A ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) disse nesta quarta-feira (25) que a missão ao Oriente Médio mostrou que o Brasil precisa diversificar a pauta exportadora. Nos quatro países árabes que visitou – Egito, Arábia Saudita, Kuwait e Emirados Árabes Unidos, há mercado para o Brasil vender produtos com valor agregado. Tereza Cristina citou, como exemplo, o Kuwait onde a população consome produtos mais caros, por ter uma renda per capita média de US$ 40 mil.

De acordo com a ministra, 70% da carne de ave consumida nesses países são provenientes do Brasil. Agora, os produtores nacionais precisam levar itens diferenciados para a mesa dos árabes, como cortes especiais de carnes. “O Brasil vai ter que começar a pensar a exportar não só commodities, mas agregar valor”, disse a ministra, ao fazer um balanço da missão durante entrevista à imprensa em Bonito (MS), onde conduz a 9ª Reunião dos Ministros da Agricultura do Brics.

“Temos que acompanhar as tendências que o mundo quer, o que os consumidores querem”, acrescentou.

Durante a viagem ao Oriente Médio, entre os dias 11 e 23 de setembro, os governos do Egito anunciaram a importação de lácteos brasileiros; da Arábia Saudita, de castanhas, derivados de ovos e a ampliação do acesso a frutas e do Kuwait, de mel.

Segundo a ministra, os países demonstraram interesse em investir no agro brasileiro e em obras de logística, como rodovias e ferrovias. Outro pedido foi a realização de parcerias com a Embrapa para intercâmbio de experiências tecnológicas. Uma delas prevê o envio de 10 mil cabras para o Egito, medida que pode beneficiar o Nordeste brasileiro, onde há um centro avançado de pesquisas sobre caprinos e ovinos, localizado em Sobral (CE).

Brics

Na entrevista, a ministra destacou que a Carta de Bonito, declaração final da reunião dos ministros da Agricultura do grupo, que termina amanhã (26), refletirá “as políticas globais com cinco países que irão trabalhar em conjunto”. Tereza Cristina voltou a criticar o protecionismo adotado pelos países ricos, como a imposição de altas tarifas e barreiras sanitárias e comerciais.

“São ferramentas usadas pelos os países, que estão acostumados a ter esse mercados, e ficam incomodados com o protagonismo, principalmente do Brasil, na agropecuária. Essa é a crítica para que se melhore esse ambiente, pois o mundo precisa de muitos alimentos”.

Fonte: DATAGRO



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