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COMMODITIES RECUAM

As importações chinesas das principais commodities caíram em agosto após máximas de vários meses em julho, sugerindo que os preços internacionais baixos não estão mais sendo suficientes para motivar compradores a elevar estoques, em um momento de declínio sazonal da demanda e fraqueza das indústrias de processamento.

Os dados tornam mais nebulosa a perspectiva para exportações para a segunda maior economia do planeta, em commodities como minério de ferro, petróleo, carvão e soja, especialmente porque a desvalorização do iuan continua a corroer as vantagens competitivas dos fornecedores internacionais.

As importações gerais da China em agosto caíram 13,8 por cento na comparação anual, muito mais que o esperado por analistas, enquanto as exportações ficaram ligeiramente acima do projetado pelo mercado, recuando 5,5 por cento na comparação com o mesmo mês de 2014.

As entregas de soja na China despencaram 18,1 por cento ante o recorde de julho, atingindo 7,78 milhões de toneladas. Contudo, o número é 29 por cento maior do que em agosto do ano passado, com volumes recordes de grãos baratos da América do Sul continuando a chegar ao país asiático.

- Há preocupações de que a desvalorização do iuan e a volatilidade no mercado de ações da China estejam tendo um impacto, mas ainda são números muito fortes – disse o economista agrícola sênior do ANZ Bank, Paul Deane.

As entregas deverão cair até que a oferta dos Estados Unidos, segundo maior exportador mundial, comece a chegar ao mercado em meados de novembro.

Em 11 de agosto a China modificou sua taxa cambial, tornando as commodities precificadas em dólar mais caras para detentores de iuanes.

Pequenos ajustes em preços fazem toda a diferença em setores como o carvão, onde produtores internacionais de baixo custo têm conseguido sufocar rivais domésticos em um mercado em queda.

As importações chinesas de carvão caíram quase 18 por cento ante a máxima de 10 meses registrada em julho.

No minério de ferro, que teve entregas recordes em julho de 2015, os volumes caíram mais que o esperado em agosto. Houve recuo de 14 por cento no mês, com siderúrgicas chinesas sofrendo os efeitos de uma fraca demanda e baixos preços de aço.

As importações de petróleo bruto alcançaram 6,26 milhões de barris por dia em agosto, queda de 13,4 por cento ante o mês anterior.

Um operador sênior sugeriu que importadores que lucram com o financiamento das commodities e não com as negociações físicas deverão reduzir suas compras, após a desvalorização cambial.

Fonte: Reuters



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