No município de Luís Eduardo Magalhães/BA, a colheita algodão já está em fase final e a expectativa é terminar nesta quinta-feira já que o vazio sanitário termina no próximo dia 20 de setembro. Nesta safra foram cultivadas aproximadamente 29,5 mil hectares, sendo que na propriedade Santana foram plantados 10 mil hectares irrigados.
O produtor rural do município, João Antônio Franciosi, ressalta que as áreas de sequeiros iniciam a colheita e depois são as lavouras irrigadas e que são cultivadas mais tarde. Nesta temporada, as lavouras ficaram comprometidas com as chuvas abundantes em abril e faltou luminosidade durante o enchimento e pegamento do algodão.
Diante desse cenário, as estimativas iniciam eram de uma safra em excelentes condições resultaram em apenas boas condições.
“Isso é normal no nosso meio em que fazemos de tudo para chegar ao melhor resultado, mas tem muitas vezes que não chega”, conta.
Com relação à produtividade, a fazenda Santana vai encerrar esta safra com um rendimento de 345@.
“É um ótimo número por ser uma área irrigada, mas poderia ter sido bem melhor já que tínhamos muito mais maçãs nas lavouras do que no ano passado. A qualidade deste ano é a melhor em termos de tipo, sendo que algumas variedades estão dando problemas na fibra”, diz Franciosi.
O Oeste da Bahia não era uma região de grande importância na produção de grãos e algodão há três décadas. Em 1986, a família Franciosi se mudou para o município Luís Eduardo Magalhães com o sonho de cultivar mil hectares em diversas culturas na propriedade Santana, mas nem tudo foi ás mil maravilhas.
A família deixou o sul do país em busca de solos férteis e oportunidade de crescer no agronegócio, mas logo no começo enfrentaram dificuldades com os longos períodos de seca e doenças que afetaram as lavouras.
“A fazenda Santana foi adquirida posteriormente que era de sequeiros e fomos transformando para irrigação para conseguir fazer as duas safras, isso por que o período de chuvas na Bahia é menor”, comenta.
O produtor rural fica desmotivado quando escuta pessoas que não conhecem o agronegócio e dizem que o setor agride o meio ambiente.
“Isso não tem sentido, as pessoas falam isso sem entender o que produzir em uma região que não nascia nada e estar cultivando e abrindo mercados”, diz.
Para evitar que informações equivocadas fossem divulgadas na internet, o produtor produziu um vídeo sobre a importância de preservaram o meio ambiente e como que a propriedade realiza este trabalho.
Tecnologia
Para controlar os 28 pivôs de irrigação, a propriedade conta com uma sala de controle operacional através de um programa.
“Nós ganhamos muita agilidade no trabalho de campo e estamos conseguindo aproveitar muito mais a irrigação. Com o controle mais eficiente, é possível fazer um trabalho utilizamos menor água”, relata.
Com a chegada da agricultura 4.0 está muito complicado em encontrar um profissional capacitado para realizar os trabalhos de campo. No entanto, a propriedade capacitou os profissionais da região junto com o Sindicato rural da localidade.
Fonte: Notícias Agricolas