O sol forte e o tempo seco continuam segurando o cultivo da soja no estado que mais produz a oleaginosa no país. Mas nas fazendas que possuem pivôs de irrigação, as máquinas já fazem barulho. É o que acontece na propriedade do Lucas Beber, em Nova Mutum. Dos 1.200 hectares destinados à soja, 150 são cobertos pelo equipamento. E é justamente nesta área que as plantadeiras começaram a despejar as sementes, como mostram as imagens enviadas pelo agricultor.

A estratégia do produtor está baseada na otimização da área irrigada – onde pretende cultivar soja, milho e feijão -, na menor pressão de pragas e doenças sobre a lavoura, e no posicionamento da venda da produção.

“Estamos apostando na esperança de vender em janeiro, quando normalmente você pega o melhor valor e ganha na comercialização”, explica.

Como as previsões indicam que a chuva ainda deve demorar alguns dias para dar as caras, o uso do pivô deverá feito com frequência para evitar riscos de problemas com a germinação das sementes. E é aí que mora a preocupação do agricultor: o elevado custo da energia elétrica, que este mês está em “bandeira vermelha”, ou seja, com tarifa mais cara. Pelas contas dele, na última safra de feijão a despesa média com irrigação ficou em R$ 474 por hectare.

No município que mais produz soja no mundo também tem agricultor movimentando as plantadeiras. Na fazenda do Tiago Stefanello, que preside o Sindicato Rural do município, os 320 hectares cobertos pelo pivô já foram semeados. Já na propriedade de Ademir Gardin, o cultivo das áreas irrigadas começou na segunda-feira. Assim como os demais agricultores do estado, eles torcem para que as chuvas voltem a cair o quanto antes, para que as máquinas logo possam avançar também sobre as áreas “de sequeiro”.

Fonte: Canal Rural